terça-feira, 30 de abril de 2013

Voltar para casa


Ola meus queridos(as)

Momentos difíceis, muito difíceis que sei que ele esta passando. Decidiu (sabiamente) não ficar na clínica como monitor (todos nós sabemos que isso é muleta, mas ele resolveu por ele mesmo - eu não interferi, devido a assuntos outros mas resolveu voltar para casa). Mas a casa a qual ele retorna não é a mesma que ele deixou meses atrás...esta mais vazia, perdeu seu alicerce; provavelmente não é mais o seu porto seguro. E me questiono, aonde ancorar sem um porto seguro?

Hoje consigo me colocar no seu lugar, não exatamente sentir a sua dor (pois somos únicos) mas sentir compaixão, solidariedade e uma vontade incontrolável de abraça-lo, acolhe-lo e até mentir um pouquinho dizendo que tudo vai ficar bem (quem sou eu para saber, não tenho bola de cristal... mas desejo que tudo fique bem, serve?).

Depois da sala hoje conversamos no telefone e senti ele exausto, não só fisicamente. Porém, sei muito bem que o poder superior esta lá segurando suas duas mãos agora, e fico serena, tranquila...Engraçado como confio nele plenamente, até minha madrinha, depois das chulapadas que levei ficou surpresa como estou centrada. Honestamente, simplesmente uso as ferramentas que lentamente fui apreendendo, e quando digo que me preparei todos esses meses é porque eu realmente pratiquei. 

A única coisa que me deixa triste e não estar lá, ao seu lado num momento que um abraço poderia fazer toda a diferença. Mas para estarmos lá, um ao lado do outro, teremos que trabalhar um dia de cada vez. Só me dói (um pouquinho) saber que a pessoa que eu tanto amo esta vivenciando tudo isso sozinha. Ele é forte, e vai superar, essa primeira noite na casa vazia! 

Construiremos nossa casa, aos poucos!

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