quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Eventos extremos


Ola meus queridos!

Hoje enquanto voltava caminhando para casa, pois é, não dirijo mais, alias meu carro esta parado na garagem do prédio empoeirando há vários meses, e digo que essa minha vida " pedestre" mudou bastante como eu vejo a cidade (e a minha pegada de carbono), presenciei uma cena muito interessante. Era uma criança, 10/12 anos talvez simplesmente explicando para uma senhora que lavava a sua calçada como se a Cantareira estivesse no seu limite máximo de acúmulo de água, a criança questionando o uso de tal água potável, que deveria ser utilizada para um fim mais nobre, sendo desperdiçada lavando a rua....  A senhora no começo não estava com cara de muitos amigos,  disse que a água era dela pois ela que pagava a conta e blablabla... até a criança dizer, não senhora; essa água é de todos nós e tem muita gente sem tomar banho porque a senhora esta lavando a sua calçada! Eita, chulapada! 

Poderia divagar um pouco aqui sobre isso, mas o tema é eventos extremos... e a seca que estamos vivendo na região sudeste é um evento extremo climático. Tempestades mais violentas, secas prolongadas, ondas de calor, gigantes nevascas são exemplos de eventos extremos que acarretam inúmeras conseqüências. Várias delas catastróficas MAS outras vitais para a evolução da sociedade. Os eventos extremos (sejam eles climáticos ou não, pois " outros" eventos extremos acontecem na nossa vida) são uma oportunidade, uma porta que se abre para uma nova forma de viver, se adaptar, mudar...

Nem todos os eventos extremos são previsíveis, poucos alias são, mas eles nos ensinam a não subestimar nossa capacidade de adaptação, colocam nossa criatividade em jogo, nossa inteligência para funcionar achando soluções frente a essas situações adversas. Então, por mais catastróficos que os eventos extremos sejam, sou grata à eles pois estes também fazem parte do processo de evolução  natural de qualquer sistema. 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

OLX....Desapega!


Ola meus queridos!

Se é que ainda tem alguém que lê essas melecas que escrevo, não prometo nada, não me comprometo com nada.... mas fiquei com vontade de postar novamente; será sobre tudo e sobre nada. Pensei em mudar o nome do blog MAS fica esse mesmo, foi assim que ele começou, mudou, cresceu, encolheu... Escreverei do que tenho vontade, pode ser a falta de gestão urbana, o paradoxo do tripé sustentável, o desfralde do I. (que virou quase uma novela), a complexa dinâmica familiar, o cotação do dólar, o degelo das calotas polares ou simplesmente, eu fazendo parte deste universo incrível!

Para chegar aqui, que eu não sei exatamente aonde é, mas estou gostando fui forçada a apreender, aos trancos e barrancos, a desapegar... Desapegar de coisas, pessoas, sentimentos, dores, amores. Sabe aquela roupa que você não usa mais a dez mil anos e fica ocupando espaço no seu armário porque lembra o dia que você usou na festa de sei lá eu quem? Sabe aquele LP que você ganhou de presente do seu "melhor" amigo e nem mais vitrola existe nem mais o amigo? Sabe aquela vela branca que você acendeu na primeira comunhão e sua mãe guardou e depois deu para você guardar e dar para o seu filho acender na primeira comunhão dele? Sabe aquele sentimento que você cultiva sem saber porque? Sabe aquela dor que você carrega escondida lá dentro? 

Pois é, quando deixa de ter utilidade, de ter razão para ser DESAPEGA! Conforme vamos vivendo é inevitável acumularmos coisas, sentimentos, pessoas... porém nem tudo HOJE tem o mesmo significado e importância de ontem, ou antes de ontem ou há dez anos atrás. Desapegar não é abandono, é simplesmente ter a clareza que evoluímos, mudamos,  e aquilo (ou aquele) não tem mais serventia. Puxa, mais o aspirador de pó era da minha avó.... pois é, não funciona mais e só ocupa espaço. Mas ele me lembra da minha avó.... olha, se você precisa de um aspirador de pó para lembrar do carinho e amor da sua avó DESAPEGA!!!!!


domingo, 18 de janeiro de 2015

Não penso mais muito nisso tudo....


Ola meus queridos!!!!

É faz um tempinho, um belo dia simplesmente acordei e fiquei de saco cheio de escrever... só isso, e quando a vontade voltou resolvi passar por aqui para dar uma olhada em como as coisas andam. Visitei os blogs de algumas companheiras e descobri que a Ibogaína é a bola da vez. Se alguém esta na esperança que eu escreva sobre esse assunto, sinto muito, o Caiçara esta longe disso, alias longe das drogas por uns bons meses... o que não quer dizer nada, MAS sem reset de Ibogaína, sem muito NA, sem muito mesmo ele, simplesmente foi desenvolvendo seu próprio mecanismo para lidar com sua dependência química. Ele e eu vivemos como duas pessoas, temos um relacionamento com altos e baixos, temos um filho, temos alguns planos futuros MAS ele tem a vida dele e eu tenho a minha. 

O interessante é que não penso mais muito nisso, eu sei que ele é um dependente químico e sempre será (ele também tem essa clareza) mas e daí? Existe algo de concreto e eficaz que eu possa fazer para modificar isso? Não... então foda-se. Existe algo de concreto e eficaz que ELE possa fazer para modificar isso? Sim... então a bola do jogo é dele. Minha codependência saiu de férias faz um bom tempo, talvez ela volte algum dia, talvez nunca mais... também não penso mais muito nisso. Não penso mais em drogas, clínicas, "novas" drogas, novos tratamentos, grupos de apoio (MAS deixo claro aqui o quanto eles me ajudaram então sugiro que você, que esta no olho do furacão, faça uso dessa ferramenta fundamental).... então no que eu penso hoje?

Penso no que quero para a minha vida e como alcançar, penso em como é maravilhoso ver o bebê I. se transformar em uma criança feliz e saudável, penso em avançar profissionalmente ainda mais na minha carreira (terminado a pós graduação agora engato um MBA), penso em viajar bastante, penso que a Peppa é um desenho muito chato e ainda bem que o I. ultrapassou essa fase, penso que o mundo é muito grande e ainda não conheci nem metade dele, penso que preciso cuidar um pouco mais da saúde (depois dos 40 a coisa complica...rsrsrs......), penso que esse país talvez não tenha solução mesmo e o melhor seja voltar para os USA, penso que amor de amigo é bom demais, penso que conversar com alguém no telefone é delicioso, penso que o preço do filet mignon esta um absurdo (mas acabo comprando assim mesmo), penso que tomilho fresco é o tempero perfeito para um casseroles, penso que pizza doce é uma afronta a culinária italiana, penso que a tarifa do metrô esta alta demais, penso que o REDD+ (redução de emissões por desmatamento ou degradação) deveria ser incluído como mecanismo no próximo acordo de 2015 no "novo" protocolode Kyoto, penso que precisamos utilizar os recursos naturais de forma mais adequada e que a economia ambiental deve criar métodos para quantificar o valor destes ativos ambientais, penso que a Pluméria do jardim do prédio esta deliciosamente cheirosa neste verão, penso que Skol continua a melhor cerveja num dia de calor na praia, penso que dormir de conchinha é bom, penso que o estado islâmico deveria ser bombardeado pelos USA (e o resto do mundo ocidental), penso na beleza da teoria do universo em expansão, penso que esta na hora de levar o I. no MASP.

Penso em como é simples viver quando simplesmente deixamos a vida fluir.