Ola meus queridos(as)
Depois de muito tempo, acho que baixei a guarda e simplesmente me permiti aproveitar a companhia da minha mãe num almoço de Páscoa. Depois de muito tempo, olhei para ela e notei inúmeras novas rugas (será que passei tanto tempo sem "olhar" para ela ou as rugas surgiram ontem? Mais provável a primeira hipótese). Depois de muito tempo, olhei para ela e vi sua dificuldade ao caminhar quase mancando; seu armário do banheiro cheio de analgésicos e uma ampola de morfina (sabia que tinha sido diagnósticada com displasia coxo-femural mas não falei nada, nem uma palavra). Depois de muito tempo, olhei para ela e sua vontade de simplesmente me agradar (ela até comprou numa cerveja para mim!), agradar o I. com o ovo de Páscoa mais caro da Kopenhagen e simplesmente conversar, passar um tempo junto.
Tempo que talvez não seja eterno; bom, nunca foi eterno mas contemplar o fato que não temos mais "todo tempo do mundo", como dizia Renato Russo, é revelador. Prometi, silenciosamente, a mim mesma que não vou desperdiçar mais o tempo que nos resta, vou visitá-la com mais frequência, vou traze-lá de forma mais presente a minha vida e do I., vou convidá-la para almoçar, ir no zoológico, no parquinho, no cinema... enfim, deixar minhas picuínhas e mágoas de lado e parar de perder tempo.
O Caiçara, uma vez me disse: Você não sabe a dor que dói uma saudade. Ele fala isso sempre quando se refere aos pais (os dois já falecidos) de uma forma muito melancólica... Quando chegar a minha vez de sentir a "dor que dói uma saudade" espero poder ter saudades do tempo que tivemos juntos e não do tempo que desperdicei.
Tempo que talvez não seja eterno; bom, nunca foi eterno mas contemplar o fato que não temos mais "todo tempo do mundo", como dizia Renato Russo, é revelador. Prometi, silenciosamente, a mim mesma que não vou desperdiçar mais o tempo que nos resta, vou visitá-la com mais frequência, vou traze-lá de forma mais presente a minha vida e do I., vou convidá-la para almoçar, ir no zoológico, no parquinho, no cinema... enfim, deixar minhas picuínhas e mágoas de lado e parar de perder tempo.
O Caiçara, uma vez me disse: Você não sabe a dor que dói uma saudade. Ele fala isso sempre quando se refere aos pais (os dois já falecidos) de uma forma muito melancólica... Quando chegar a minha vez de sentir a "dor que dói uma saudade" espero poder ter saudades do tempo que tivemos juntos e não do tempo que desperdicei.