Ola meus queridos(as)
Depois da tempestade sempre vem a calmaria...Não que tudo esteja no lugar, mas aquela sensação boa quando o sol timidamente aparece entre as nuvens. E você atrasada (como sempre) e todos os faróis da cidade conspiram ao ser favor e se abrem ao mesmo tempo numa onda verde. Até a lancheira do pequeno você esquece em casa e quando chega na escola, se descabela e descobre (porque não leu a agenda) que é dia dos aniversariantes do mês (a escola preparou o lanche)! Ufa...Mas esta dando tudo certo demais, até o cafézinho a secretária acertou hoje! Acho que vivemos tanto na beira do precipício que quando nada "anormal" acontece o modo "catástrofe" entra em ação...quando a esmola é demais o santo duvida, sabe? Mas só por hoje vou me permitir apreciar uma segunda feira tranquila sem esperar o pior!
Amanhã temos sala (semana passada devido aos últimos eventos não coordenei e nem fui, né?). Honestamente, o Nar Anon fez e faz toda a diferença, é uma filosofia de vida que você aplica não apenas na sua relação com o adicto mas nas suas relações com o resto do mundo, inclusive a relação com você mesma (que é a mais importante de todas!).
O programa é extremamente simples em teoria mas na prática...olha, não é fácil não. Além de ser um monitoramento diário, a codependência é muito sutil, manifesta-se de várias formas. No meu caso, mais especificamente é o controle. Um controle tipo 1984, Big Brother (muito bom alias o livro, George Orwell)...ditadura mesmo! Muito antes de conhecer o Caiçara e toda essa dinâmica dependência química/codependência sempre fui meio "dona" da verdade, já sofri muito por causa disso e o Nar Anon me ensinou que eu não tenho as respostas para tudo, longe disso! Alias mesmo que eu tenha as respostas, as escolhas de cada um são as escolhas de cada um (mesmo erradas) e isso precisa ser respeitado. Um dos nossos lemas: Viva e deixe viver! Tão simples, tão difícil de colocar em prática. Consigo me ver em cada uma das companheiras que chegam pela primeira vez na sala, destruídas, sofridas, e por que dizer, desesperadas! Porque eu fui uma delas...ainda sou mas não deixo mais de fazer minhas unhas nem me esconder embaixo das cobertas. Claro que tenho minhas recaídas (é queridos, codependente também recai!), alias algumas nestas últimas semanas; mas me levanto e volto ao programa.
Geralmente estudamos um dos passos; estou pensando no terceiro (Tomamos a decisão de entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus como nós O concebíamos). Vai cair que nem uma luva para o meu mega controle! Confesso que empaquei no terceiro passo faz tempo...para mim é um dos mais complicados baseado no meu perfil. Não que eu seja uma pessoa cética (tá bom, mais ou menos) mas são anos e anos treinando minha lógica (passei mais da metade da minha vida dentro de universidades: graduação, mestrado, PhD, pós-doc e por ai vai...para ser a cientista que sou hoje). Mas um dia eu chego lá! Ciência e espiritualidade merece um post só deles, em breve!
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