sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Quando nos tornamos esse sexo frágil?


Ola meus queridos(as)

Não resisti... aqui estou eu de novo. O que realmente esta acontecendo com a mulherada? Ele não gosta de mim, ele não me ligou, ele me trocou pela droga...ele, ele, e mais ele. É esse o referencial, ELE? E depois o doente é ELE!  Quando nos tornamos tão dependentes DELES? Quando deixamos de ser pessoas, inteiras e buscamos NELE o que esta faltando que você deveria procurar no lugar certo, em você? Quando começamos a nos contentar com migalhas? Eu quero o pão inteiro! E com requeijão! Quando começamos a procurar a outra metade da laranja sendo que você deveria ser a laranja inteira? 

Que epidemia é essa de mulheres inseguras, mau resolvidas, frustradas, mau amadas... sempre culpando o outro pelas suas infelicidades? Ah, mas se ele parasse de usar drogas, mas se ele consertasse a torneira, mas se ele lembrasse do aniversário de casamento, mas se ele colocasse o lixo na rua, mas se ele brincasse mais com nosso filho...e blablabla, eu seria tão feliz! Gente, sem chances... conserte a torneira você (ou contrate um encanador), coloque o lixo na rua você, brinque mais com seu filho você; parar de usar drogas ou lembrar do aniversário de casamento estam fora do seu controle, são problemas que você não pode resolver, então foda-se! E digo mais, se não estiver fazendo você feliz, palavrinha mágica: tchau! Você não tem que 

Sei lá, as mulheres espelho na minha vida não ficam de mimimi...(como diz um companheiro de NA), minha avó por exemplo, cortou batata num campo de trabalho forçado durante a segunda guerra, minha mãe (apesar de ter criado mecanismos de sobrevivência) não ficou se lamentando quando meus pais se separaram, tocou sua vida e hoje (mesmo blindada) é uma médica extremamente renomada. Ou seja, será que antes as mulheres não tinham tempo de ficar se lamentando, chorando, descabelando...ou encaravam a meleca e ponto final?! 

Quando nos permitimos virar esse sexo frágil ridículo, cheio de inseguranças, falta de auto-estima, doando o que nem nós mesmo temos para dar? Se mais alguém, me falar que se sente um lixo porque o outro fez isso ou aquilo confesso que não vai ter amorosidade não, é marreta mesmo! Patético. 



Revolução tecnológica


Ola meus queridos(as)

Sexta feira, solzinho esquentando a tarde... que venha o final de semana, estou pronta! Não sou de planejar muito, mas esta na lista: visitar a minha irmã e o baby (estou devendo e muito), ajudar a minha mãe com a maratona compras e últimos preparos (ela esta indo viajar para a Europa semana que vêm) e levar o I. no Sesc pompéia (exposição Mais de mil brinquedos para a criança brasilelira). Tá bom né? Alias o que aconteceu com os velhos e bons brinquedos educativos, aqueles de madeira (e não de plástico)? Quer me deixar maluca é dar de presente para o I. uma dessas geringonças barulhentas, cheias de luzinha. Ele ganhou uma dessas baterias eletrônicas (de brinquedo), com vários sons, luzes coloridas piscando... uma poluição sonora e visual (a sensação que você têm é que esta numa rave)! O que esta de errado com o velho e bom tamborzinho? 

Outro dia também fiquei pasma, minha mãe deu de presente para ele um livrinho com a estória dos três porquinhos MAS, você aperta o botão e surge uma voz narrando a estória. O próprio livro é auto lido! Quando, simplesmente paramos de ler para os pequenos? Esta todo mundo tão enlouquecido, com tanta pressa que não tem tempo de desacelerar meia hora e ler uma estória? Não, a gente joga o livro na mão da criança e ela fica apertando os botões e pronto, estória contada! Não sei se sou só eu que acho tudo isso extremamente prejudicial para o desenvolvimento infantil, ou brincar de carrinho de rolimã foi extinto mesmo.

Por incrível que pareça (mesmo criada em Sampa), sou da época que a gente brincava na rua! Tinhamos a turminha, os vizinhos, brincávamos de esconde-esconde, jogávamos queimada, taco, subíamos nas árvores; os moradores da rua se juntavam e todo ano tinha festa junina com direito a fogueira e tudo mais. Lembro do terreno baldio do lado de casa (meus pais compraram depois e fizeram a piscina), talvez o último terreno baldio da Vila Madalena aonde brincávamos de guerra de mamona! Ninguém mais nem sabe o que é isso...

Não sou saudosista, eram outros tempos; não tínhamos internet (alias nem computador, eu deveria ter uns 12 anos quando meu pai comprou um Comodoro 64 que nem sistema operacional tinha instalado na Winchester (que OS no HD, tá dóido?), inicializava no disquete mesmo! Ele tinha 64 kB de memória RAM, preste bem atenção kB! Hoje meu Mac tem 8GB e eu reclamo! Só para ilustrar:
1 GB = 1048576 kB, logo meu Mac tem 8388128 kB e o meu tão querido Comodoro 64kB. Celular? Quando era adolescente meu pai trouxe um tijolo da Motorola dos USA, a bateria durava nem 2 horas mas era o máximo!!!!! O que podia ser mais louco do que um telefone que funcionava em qualquer lugar, sem fio! TV a cabo? Só fui ter mesmo uma quando me mudei para os USA, e hoje, você assina por $50 e tem 200 canais do mundo inteiro na sua casa. Viajar de avião? Além de ser extremamente caro, era uma logística trabalhosa; hoje você viaja de avião como anda de carro.

Enfim, a revolução tecnológica caminha numa progressão geométrica e as vezes fico me questionando, daqui a 10 anos, qual será o grande salto? Vamos nos teletransportar? Um chip implantado no cérebro, assim estaremos "online" 24 horas? A única coisa que eu sei é que o I. tem 2 aninhos e já pega o meu iPad, procura o seus joguinhos sozinho com a maior familiaridade do mundo e isso, as vezes, me assusta! 


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Saudade


Ola meus queridos(as)

Como é bom simplesmente não programar nada, e dar certo! Frio gostoso, nem pensei em acordar o pequeno no horário... acordou mais tarde, mas lembrei que tinha festinha na escolinha, chegamos juntos com o bolo as 9 da manhã! Estou me arrumando para uma reunião as 10 e me ligam, o pessoal do Rio não conseguiu chegar e transferiram para amanhã, por mim tudo bem. Do nada simplesmente peguei minha bolsa, entrei no metro e 30 minutos depois estava na sua porta. Surpresa! Boa surpresa. O sorriso que ele deu quando me viu do nada plantada na sua porta, não tem como descrever! Amor, essas pequenas minúsculas coisas que dizem tanto... Sei que como não avisei (e nem tem como, o último celular nós sabemos aonde está, e ele ainda não conseguiu comprar outro), e 99% das vezes estou trabalhando numa quinta de manhã, existia a possibilidade dele não estar, ter saído ou sei lá. Mas arrisquei, num impulso inexplicável e lá estava ele com seu gigante sorriso abrindo a porta como uma criança que ganha um presente.

Ele perguntou: nossa, você aqui assim do nada, que bom..... Eu: vim tomar um café. Ele: mas na Vila Madalena o café é melhor.... e Eu (finalmente admiti à mim mesma o que estava fazendo lá): é saudade!
Ele não me abraçou, ele me apertou tanto que fiquei sem ar. Ele me beijou tanto que meus lábios incharam... E assim tomamos café, fomos almoçar juntos e deixei ele no trabalho depois. 

É meus queridos, saudade.... pura e simples, saudade dele, do seu sorriso, da sua voz, do seu cheiro; saudade DELE! 


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Ringe ou sala?


Ola meus queridos(as)

Agosto deve ser o mês do cachorro louco mesmo (ainda bem que esta acabando). A sala ontem foi um caos... infelizmente, um caos total! Estou me sentindo incompetente (afinal de contas quem estava coordenando era eu), deixei a serenidade ir perdendo espaço para a insanidade, e no final duas companheiras quase se engalfinharam durante as partilhas. Uma dando retorno na outra, não respeitando o momento de cada um, falando alto... julgando a outra. Não tive escolha, pedi para as duas se retirarem da reunião (não contentes, elas continuaram batendo boca na porta da sala). Foi péssimo, isso até então, nunca tinha acontecido comigo, e justo ontem que minha madrinha não pode ir. Como pude deixar o circo pegar fogo assim? Que meleca..... 

Passei umas boas horas conversando com minha madrinha essa manhã, escutei, e escutei e escutei... estórias, "causos", vivência (ela já viu de tudo e mais um pouco nas salas, são mais de 15 anos servindo), fui me acalmando, aceitando e apreendendo que gente é gente, seguindo os 12 passos ou não. Segundo ela fiz o correto em convidar as companheiras a se retirar da sala, afinal de contas é um espaço de todos e que deve ser respeitado, mas estou me sentindo meio mal por isso. 

Principalmente porque elas eram quem mais estavam precisando da sala naquele momento, da irmandade, totalmente focadas nas suas enormes mágoas e ressentimentos... e não pude ajudar, o que eu fiz? Pedi que elas saissem da sala... que meleca de novo!

Não contente, corri para a minha madrinha de serviço (que é do SID), ela reafirmou que tomei a decisão certa, uma vez que nossas tradições estavam sendo desrespeitadas. Sei lá... continuo meio mal. 
E agora? Eu não quero, nem posso me posicionar a favor ou contra uma ou outra. Minha madrinha de serviço tem razão, cabe a mim assegurar que nossas tradições sejam respeitadas e eu, como servidora siga os conceitos. Simples assim... tá bom querida. Mas na hora H, que meleca... 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Não cobre por aquilo que fez por amor


Ola meus queridos(as)

Primavera, verão, outono ou inverno? Meu corpo já não sabe mais, em menos de 24 horas experimentando todas as estações do ano... gripe na certa! Que tempo mais maluco. Justo agora que o I. estava melhorando... 

Esses últimos dias foram bem tranquilos (espero que continue assim), final de semana preguiçoso, começo de semana nem tanto. Final de mês significa final de módulo da pós-graduação, e ainda não terminei o trabalho de tratamentos secundários de efluentes, muito menos as críticas ao plano ABC (agricultura de baixo carbono). Logo, resolvi ficar em casa hoje e meter as caras nisso! 

Ontem fiz uma excursão ao centro da cidade (nem bem centro, ainda Santa Cecília), encontrar o Caiçara (era seu dia de folga). Desci na estação Marechal Deodoro e quase tive um treco! Quando começaram a "limpeza" na cracolândia o que aconteceu? Alguns grupos, digamos assim, se espalharam pelas redondezas e agora temos várias mini-crocolândias por ai, inclusive em baixo do elevado! Muito triste ver aquela cena, pessoas imundas, jogadas na rua se drogando em plena luz do dia. Minha codependência ascendeu, preciso tirar o Caiçara daquele bairro urgente (pensei comigo). Qual foi o meu alívio quando ele mesmo comentou que só esta esperando as coisas se estabilizarem no trabalho e começar a procurar outro lugar para morar, até comentou que uma das pessoas do restaurante esta interessada em dividir um apartamento próximo da Paulista. Que bom, partiu dele mesmo a iniciativa e eu não precisei ligar meu modo "salvadora" da pátria, que nos faz tão mau né? 

Ultimamente, quando nos encontramos, ele fala muito e eu escuto (os papéis se inverteram, antigamente  eu era a tagarela e ele só orelha). Esta tendo uma oportunidade profissional, que esta abraçando com unhas e dentes, até então ele nunca tinha trabalhado numa cozinha industrial de larga escala; esta gostando das pessoas com as quais trabalha (é no começo é tudo flores) e aos poucos, percebo que finalmente entendeu que ele é responsável pela vida dele. Quando a mãe dele faleceu, de uma forma inconsciente, ele acabou projetando em mim a facilitadora que ela sempre foi. Por um tempo, sem perceber, acabei caindo nesse papel que não era meu. Mas hoje vejo claramente isso, e ele também sabe que não tenho obrigação absolutamente nenhuma. 

Também refletindo conclui que estou ajudando (até financeiramente, alias contando os dias para o mês acabar, socorro), mas de uma forma ou de outra, acabava cobrando por isso. Não é por ai, não podemos fazer as coisas esperando reconhecimento, ou retorno e simplesmente porque nos faz bem. Se quiser ajudar, se puder ajudar (dentro dos seus limites) faça de coração sem esperar nada em troca. Uma companheira postou essa frase: "Não cobre por aquilo, que fez por amor!" 

sábado, 24 de agosto de 2013

Sua vida é uma propaganda de margarina?


Ola meus queridos(as)

Cadê o romantismo? Ou eu não sou romântica mesmo e não valorizo isso? Muito se fala em almas gêmeas, amor eterno, casar de véu e grinalda na igreja, serem felizes para sempre... Sei lá, já fiz tudo isso, já tive tudo isso (tirando o felizes para sempre, mas eu serei feliz para sempre comigo mesma, serve?). Nunca acreditei em príncipe encantado, nunca esperei ser resgatada da torre pelo meu amado escolhido pelo destino que viria num cavalo branco, nunca achei que um beijo acordaria a princesa adormecida... nunca gostei de cor de rosa ou vestido de noiva (apesar de ter casado com um, mais clássico impossível).  Acho um buquê de rosas um desperdício, a pobre flor vai morrer (mesmo na água), quer me ganhar compre um pé de pitanga, ou uma samambaia! Melhor, um bonzai.... são lindos, requerem muito amor e cuidado para crescerem, e serão eternos (bem mais que nós). Minha irmã têm um batendo os 80 anos, é uma figueira linda! 

Nossa sociedade hoje hiper-valoriza alguns conceitos (a família margarina) hipocritamente, de todas as minhas amigas/amigos na mesma faixa etária que eu, uns 70% vieram de lares de pais separados (como eu), e hoje tentam a duras penas manterem seus casamentos falidos, e porque? Claro que isso requer uma abordagem muito mais elaborada, mas não sou psicóloga, nem entendo gente...mas é a propaganda de margarina! Acordar com aquele sorriso maravilhoso colgate, cabelo perfeito, filhos perfeitos, marido perfeito, cachorro perfeito.... e tudo uma gigante mentira! O seu sorriso maravilhoso é as custas de muito tratamento de branqueamento, seu cabelo perfeito é a base de chapinha, filhos perfeitos brigam a cada segundo, seu marido perfeito é um adicto e seu cachorro perfeito tem pulgas. Passa mais margarina neste pão....

Até que um belo dia, você tomou café demais e seus dentes escureceram, choveu e sua chapinha foi arruinada, você é chamada na escola pois seus filhos se meteram em confusão, seu marido sumiu numa biqueira e seu cachorro não para de se coçar... e vai continuar passando mais margarina no pão?




sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Aceite ou sofra


Ola meus queridos(as)

Complicou um pouco por aqui, o I. esta doentinho... vai ficar de molho em casa uns dias. Total mudança de planos, o que significa que NÃO vou poder ir no encontro estadual do Nar-Anon esse final de semana. Puxa, algo que eu tinha planejado com tanta antecedência à meses, estava super animada e empolgada! Confesso que fiquei meio chateada, mas fazer o quê? Ninguém escolheu, simplesmente ele ficou doentinho. 

Como nos comportar então quando algo acontece totalmente fora do seu controle, e não foi você que escolheu? Num primeiro momento é aquela reação e friso "reação" instintiva, que merda porque? A revolta dura alguns minutos (dependendo do grau do acontecimento, alguns dias), segundo momento procurar o culpado (sobra para Deus e o mundo), terceiro momento ninguém tem culpa, aconteceu... e no final: aceite ou sofra! Podemos aplicar essa sequência em quase tudo na vida.

Coisas sobre as quais você não tem controle, não pode modificar... elas simplesmente são assim; cabe a você aceitá-las ou sofrer. Durante um bom tempo na minha vida fiquei dando murro em ponta de faca, resultado: sofrimento. Ao invés de aceitá-las ficava insistindo (em vão) em consertá-las, mudá-las, resolve-las e todos os outros verbos que apenas posso aplicar as minhas ações, e não de terceiros, ou acontecimentos totalmente imprevisíveis e aleatórios que fazem parte da vida. Então meus queridos(as), se vocês ainda não aceitaram vão continuar sofrendo...

Desde que o Caiçara chegou aqui em Sampa, a vida dele deu uma guinada, acelerada (é....aqui é tudo para ontem), o mais importante, quem esta correndo atrás é ELE! Dei o chute inicial na bola, continuo apoiando e incentivando, mas quem esta jogando no campo é ele (digamos que faço o papel de técnico no banco). Como mencionei, já esta trabalhando na cozinha de um restaurante bem renomado, percebeu que o lugar é "pauleira", muito profissional e sério(sexta então, lotado com fila de espera na porta) e terá chances de crescer na empresa (se quiser) e apreender muito. Tudo isso esta sendo muito positivo para ele e sua recuperação, sair daquele marasmo praia, longe das maluquices da irmã, aquele ócio, "amigos" antigos; recuperar sua auto-estima (que andava meio baixa), conseguir se sustentar, estar mais próximo de nós (eu e o I.) e trabalhar no que gosta com prazer! 

Independente, já achei valida sua mudança para cá; ele percebeu que existe luz no fim do túnel, requer muito esforço, dedicação e digamos que o ritmo de Sampa não é facil de acompanhar (mesmo para mim que nasci e morei boa parte da minha vida aqui, imagina para um Caiçara que viveu a ao sabor das aondas até agora). Vai ter que surfar no concreto!  

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Sem sala hoje


Ola meus queridos(as)

Hoje nada de sala para mim, puxa como é difícil ser "sozinha"! Bem entre aspas... particularmente hoje minha mãe foi assistir uma ópera no Municipal com umas amigas do hospital, tem todo o direito da face da terra mas ai complicou né? A babá não pode mais ficar a noite (por N motivos particulares dela, ela também tem família), desovar o I. com o meu pai até é viável durante o final de semana previamente agendado com um ano de antecedência (sério, homem ocupado mesmo... transplante não tem hora né?).   Levá-lo comigo nem pensar, tentamos um tempo atrás (e digo no plural eu e o Caiçara) ir com o I. numa reunião aberta do NA, sabe quanto tempo conseguimos ficar? Nem 10 minutos, ele não para e quase desmontou a mesa inteira com toalha, ficha, panfleto voando... 

Estava precisando dar uma lubrificada nas minhas ferramentas, mas tudo bem. Quem sabe dou uma escapada e vou no Luz da Lapa na quinta (apesar de que estou ficou meio enraizada no meu grupo, claro que criar "raizes"é ótimo, ainda mais para alguém como eu sempre nômade, mas talvez esteja entrando demais na minha zona de conforto também; conheço todo mundo, já escutei as "mesmas" partilhas inúmeras vezes...uh, vou pensar sobre isso).

Andei pensando também no "só por hoje", claro que não podemos modificar o ontem (já passou), nem prever o amanhã (apesar de que minha bola de cristal esta apuradíssima ultimamente) mas eu tenho um filho, tenho meus (e digo MEUS planos), objetivos e é minha responsabilidade que amanhã meu filho esteja na escola, alimentado, saudável e por ai vai... e entro em contradições com o "só por hoje". Não tem como viver só por hoje. Talvez ainda não tenha entendido o real significado disso, mas sou uma pessoa movida a metas; eu sei o que eu preciso fazer amanhã hoje (deixar o I. na escola, meia dúzia de reuniões, terminar os cálculos do inventário de emissões da empresa X, pegar a roupa no tintureiro e "tentar" almoçar com o meu pai) e não simplesmente viver hoje esperando o amanhã... confuso não? Não que minha vida seja um cronograma, mas planejada senão fica um caos! Fico feliz quando algo BOM surge no meio do cronograma, inesperado mas só por hoje, o só por hoje não faz muito sentido!

Resumindo, eu sei HOJE o que eu tenho que fazer AMANHÃ!

P.S: Nos encontramos HOJE, esta difícil ficar longe... oh pele! Mas enfim, amanhã (ele sabe do AMANHÃ) fará um teste num restaurante muito conhecido aqui em Sampa, se ele conseguir segurar sua explosividade o emprego é dele, sem dúvidas! Feliz por ele novamente! Serenidade!



segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O que um adicto quer?


Ola meus queridos(as)

Manhã ocupada, tarde nem tanto... a quantos mil anos simplesmente não passava uma preguiçosa tarde de segunda feira sem fazer nada?! Nada entre aspas, fomos almoçar e conversamos e conversarmos... sobre tudo; família, filho, Nar-Anon, NA; e a revelação óbvia que eu sempre soube. O que um adicto quer? Usar sua droga de preferência, simples assim... a luta diária sabendo que não podem, simples assim também. Momento deverás esclarecedor, é o que eles querem, poder usar mas sem as consequências devastadoras, garanto a você se alguém inventasse uma fórmula mágica: olha, fume sua pedra numa boa sem stress, sem consequências, perdas, dores, mágoas, opa! Ia ficar rico!

E a enorme pressão de tudo e todos, família, o próprio NA, não pode....não pode, não pode! Além da cobrança interna deles mesmos, já carregando aquela culpa do tamanho de um baú (nem mala mais é). Honestamente, não sei qual o mecanismo que os mantêm limpos, ou melhor ainda, em recuperação; mas hoje percebi que é uma chave (que liga e desliga) única, dentro de cada um. Não sou eu, ou nosso filho ou ninguém que liga e desliga esta chave, apenas ele! Cada dia uma nova descoberta.

Eu? No mínimo estranho ter ele vivendo aqui, tão próximo, ligando e almoçando comigo. Estou acostumada com ele na baixada, longe... mas tal proximidade, ainda cedo demais para dizer, até então sendo benéfica para ambos. Minha rotina foi invadida com sua presença, minha memória sensorial enlouquece com sua falta... pele é uma meleca! Agravante, sabendo que ele esta a apenas 6 estações de metro daqui! Socorro. 


domingo, 18 de agosto de 2013

Seja bem vindo a São Paulo


Ola meus queridos(as)

Minha geração encontra-se dividida mesmo, uma grande parte de nós abraçamos esse século com suas novas propostas sustentáveis, ambientais, socio-econômicas e outros continuam vivendo um capitalismo selvagem, degradando e consumindo cada vez mais o que não precisam (e dá-lhe petróleo). Eu não sou eco-xiita, longe disso alias, mas dói ver pessoas da minha infância hoje tornando-se gigantes depredadores do nosso meio ambiente, sem consciência nenhuma! Zero. E produzindo cada vez mais resíduos, sem nem se importar para aonde tudo isso vai... lixo, CO2 e por ai vai! Claro que não, enquanto a realidade não os afetarem diretamente foda-se o amanhã (o pior, grande parte deles têm filhos) mas o que interessa é o quanto custa a gasolina hoje né? E o custo ambiental? E a consciência que todos estamos unidos por uma coisa só, chamada planeta Terra, nossa casa? Você gosta da sua casa arrumada e limpa, e o planeta? NOSSA CASA! Não merece o mesmo cuidado? As vezes acho que o ser humano esta fadado a extinção mesmo enquanto não evoluirmos, a natureza já esta nos colocando nosso lugar.... só falta acordarmos, e abraçar o que nos foi dado pelo universo! Senão seguiremos o mesmo caminho dos dinossauros. 

Enfim, delírios a parte ele chegou! Fez as escolhas certas, esta batalhando um novo começo. Nos vimos na sexta a noite, esta lá, sempre esteve lá nosso amor único, e a pele gritando... Hoje (domingo) ela sossegou um pouco, finalmente conseguimos um tempo só para nós dois. Conversamos tambem tá queridos! E ele sabe, enquanto estiver limpo buscando sua recuperação Tamo junto, senão adeus! E o PS não facilitou mesmo, já foi assaltado, levaram um tênis velho e 10 reais, pode? Fiquei passada, minha codependência subiu na parede quando ele me ligou no sábado de manhã, mas parei e respirei... que merda, posso salvá-lo? Não, e do que exatamente? Da cidade? Eh...... seja bem vindo a São Paulo.

O Caiçara aproveitou um tempinho com nosso filho, com direito a ser pai: comidinha, banho, trocar fralda.... tão maravilhoso vê-los juntos, o I. chamou ele de papai, pode uma meleca destas? Memória...
Quem sou eu para separar isso? Enquanto ele estiver fazendo as escolhas certas, mais uma vez, repito, TAMO JUNTO! 

Só posso complementar, estou feliz por ele, por mim, mas com dez pés no chão. Mas só por hoje, fiz amor com a pessoa que eu amo, vi meu filho beijar seu pai, vi seu pai encher os olhos de lágrimas quando abraçou seu filho.... e esta de bom tamanho, só por hoje! 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Roleta russa


Ola meus queridos(as)

Daqui a pouco estou virando pinguim! Que frente fria respeitável, fazia um bom tempo que não chegava uma frente fria clássica dos anos 80! O meu pequeno foi para escolinha hoje de manhã quase rolando, tanta roupa que andava que nem um robozinho... Oh saudade dos invernos americanos, pelo menos lá temos estrutura, roupas adequadas, calefação e por ai vai. 

Estou muito confusa, eu deixei ele me desestabilizar com a frase: nossa relação acabou. Honestamente não sei, talvez. Acho que eu não estou conseguindo desfazer essa bagagem, é tudo muito pesado, doloroso. A madre Teresa de Calcultá não reencarnou em mim, continuo sendo uma pessoa, com defeitos e qualidades e não uma santa! Enfim, independente estendi minha mão e estou cumprindo com a minha parte do acordo, arrumei um lugar para ele ficar temporariamente em São Paulo, mandei meia dúzia de $ para ele se virar por um tempo e o resto é com ele... Mesmo correndo o riso de saber que tudo isso pode ir acabar na biqueira, mas ai será o ponto final mesmo. Arrisquei, pior, estou testando mesmo e preparada para qualquer resultado, positivo ou negativo. Agora é com ele, prove para você mesmo Caiçara o seu valor e determinação, comprometimento com sua recuperação! 

Minha madrinha achou arriscado demais, que eu deveria ter mandado o $ dinheiro contado da passagem, pago a hospedagem eu mesma e pegá-lo na rodoviária... maiores chances de dar certo. Pode até ser, mas desta vez não segui seu conselho pois estou colocando ele a prova mesmo e não vou sair da minha corrida rotina para resolver o que ELE pode resolver sozinho se realmente estiver em recuperação. Meio roleta russa! Apostei... posso me fuder, mas já sabendo disso o resto é lucro (se ele conseguir parabéns: tamo junto.... se ele for pra biqueira, obrigada por ajudar na minha decisão: adeus!). Enfim, quem vai acabar lucrando com isso sou eu! Nossa, nem eu percebi o quanto maquiavélico foi minha estratégia. 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Velho discurso


Ola meus queridos(as)

A meteorologia acertou a previsão, a frente fria chegou e as temperaturas despencaram hoje, que frio!!! Mas ontem a noite estava bem agradável, e depois da sala fui tomar uma cervejinha com minha madrinha. Sempre muito bom conversar com ela, escutar sua experiência, sua vivência do programa e também fazer um tricô basico né? Ontem, na partilha de uma companheira (aquela que tenho restrições) descobri exatamente o tipo de mãe que eu NÃO quero ser, ela tem 4 filhos problemáticos (2 adictos) que simplesmente não falam com ela, sendo que uma ainda mora com ela (esta se formando na faculdade de farmácia e trabalha também) e, segundo ela, preferia que ela morresse junto com o cachorro que será sacrificado essa semana em estágio terminal... Fazem 5 anos que ela frequenta o Nar-Anon e utiliza os passos para se blindar, apenas fazendo o inventário dos filhos ingratos e nunca o seu próprio, ela entrega para o PS o que no fundo é abandono, ela justifica o distanciamento dos filhos pois, segundo ela que não é médica nem nada, eles são doente mentais. Olha, sinto compaixão por ela, mas aquilo ali é um caso perdido mesmo! Quando ela partilha, o ar fica mais pesado, uma energia negativa quebra a harmonia da sala... minha madrinha disse que ela esta recaída, eu já tenho minhas dúvidas se algum dia ela entrou em recuperação. 

Temos várias mães de adictos companheiras no grupo (inclusive minha madrinha), de uma forma ou de outra, todas elas falam com amor de seus filhos(as), utilizam as ferramentas do programa para se fortalecerem, apreendem a abandonar a culpa e, acima de tudo, acreditam na sua e na recuperação deles com muita fé e esperança! Desejam o que seus filhos sejam felizes e não sofram eutanásia junto com o cachorro! 

Enfim, meu diálogo com o Caiçara esta cada dia mais difícil; segundo ele toda vez que ele tenta se aproximar eu me afasto. No fundo, é um mecanismo de defesa instintivo, como recuperar a confiança? Não sei, apenas com o tempo e atitudes... sua recaída ainda esta muito presente, como vendar meus olhos e pular do precipício esperando que ele esteja lá para me segurar? Impossível. Como simplesmente se doar novamente, sem restrições, de corpo e alma? Impossível. É o velho ditado: gato escaldado tem medo de água fria! Como se relacionar com alguém plenamente se não há confiança? É queridos, esta complicado.  Digamos que ele também não esta colaborando muito, fazendo a sua parte... tá bom, ele esta limpo e daí? Caminhando a milhas e milhas de distância do programa. Ele disse que eu não respeito os seus limites, que limites? Nenhum deles estam claros, e coisas relevantes que precisam ser conversadas ele evita, ou acaba se exaltando quando estam na pauta. Acaba explodindo, e depois justifica que "eu" tiro ele do sério! É o velho discurso. Sempre mais cômodo "culpar" o outro pelo seu comportamento do que ser responsável por ele, né?


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Quebra-cabeças


Ola meus queridos(as)

A instabilidade emocional é algo extremamente desgastante... lentamente vai minando nosso equilíbrio e puff! Lá se vai a serenidade para o espaço! Mas não entro mais nesse jogo pois sei como acaba, então simplesmente ligo o foda-se quando a chave do desligamento esta emperrada (hoje confesso que ela esta meio engripada, preciso passar um lubrificante urgente - sala). 

Cabeça de adicto é como um quebra-cabeças de 5.000 peças... quem já não montou um? Eu quando criança tinha paixão por quebra-cabeças, lembro do primeiro que montei de 10.000 peças, demorei as férias inteiras, e no final do verão lá estava o Taj Mahal (muitos anos depois já adulta tive a oportunidade de visitar esse lugar mágico, mas a satisfação de completar aquele quebra-cabeça continua comigo até hoje)! O problema é que eles próprios não conseguem montar o seu quebra-cabeças, ficam irritados forçando as peças se encaixarem ao invés de procurar as peças certas para os lugares certos. Talvez não seja apenas da natureza dos DQs mas de todos nós seres humanos, insistimos numa peça que não encaixa naquele lugar, nos desgastamos nesta tentativa frustrada, sem perceber as inúmeras outras peças espalhadas ao redor e futuras candidatas ao encaixe. Insistimos no erro! Parece que (des)apreendemos, até meu filho de 2 aninhos tenta uma vez, não encaixou, ele não fica insistindo, pega outra peça e tenta novamente até dar certo! Sem pressa, apenas curioso na busca... 

Ontem ouvi um sonoro "vai tomar no cú", olha, fazia tempos que ninguém me mandava tomar no cú (vai a merda, a puta que o pariu... mas no cú, quase hilário pensando agora). Simplesmente desliguei o telefone, passou deverás dos limites, tchau! Como diz um querido companheiro do NA, qual parte você ainda não entendeu? Vou ter que desenhar?! 

Esta perdido nos seus sentimentos, e mais uma vez a querida irmã super ajudando também. Olha, eu não vou mais perder um segundo da minha vida com essa dinâmica, fui clara com ele, por favor, me preserve da sua relação tóxica com essa maluca; honestamente nem quero saber (hoje indiferença total, mas não quero sentir ódio.... é horrível, então faço parte do time nem me conte pois não quero saber). 




segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Assassinada


Ola meus queridos(as)

Como acabamos magoando pessoas que tanto gostamos sem saber... Hoje estou me sentindo péssima. Um lixo humano. Nós sempre fomos muito amigas, desde da época do colegial, cúmplices, parceiras, enfim, pau para toda obra! Ficamos um bom tempo sem nos falar, principalmente quando morei fora mas nossa amizade estava lá. Quando voltei ao Brasil, parecia que tínhamos nos visto ontem e continuamos muito amigas, nos víamos com muita frequência, trocávamos figurinhas, nos apoiávamos... quantas vezes choramos juntas, quantas vezes rimos juntas! Aquela amizade que você só tem duas ou três na vida.

Quando mudei para a praia acabei me afastando, talvez até por vergonha, pelos fracassos e principalmente quando descobri que ele era um dependente químico... não queria que minha super amiga/irmã soubesse, e sem intenção a magoei e muito (ao invés de pedir seu colo eu fugi). Apenas hoje tive a noção do quanto quando recebi um email seu. Aproximadamente a um ano atrás mandei um email para ela, falei do nascimento do I., como me sentia mal por ter me afastado, das merdas que eu fiz enfim, sabendo que a iniciativa de re-aproximação deveria ser minha... esse email nunca teve resposta até hoje de manhã. 

Nunca tinha imaginado a dor que causei a ela, sem entrar em muitos detalhes ela simplesmente disse que demorou muito tempo para me assassinar e não sabia se conseguiria me ressuscitar novamente. Passei a tarde inteira totalmente dispersa, tentando fazer uma coisa ou outra sem sucesso, sem parar de pensar na mágoa que causei a ela (sem saber) até que acabei respondendo seu email; apenas pedi que ela pudesse me perdoar... será que eu vou conseguir me perdoar também? 

Já decepcionei e magoei pessoas na minha vida, mas confesso que essa é a primeira vez que realmente eu não tinha a real concepção do quanto! E justo alguém que habita minha caixinha preciosa das melhores lembranças... Eu sou uma anta quadrada mesmo! Ela escreveu que se preocupou comigo mais do que eu merecia... Talvez eu não mereça mesmo. 




domingo, 11 de agosto de 2013

Feliz dia dos pais!


Ola meus queridos(as)

Juro que até tentei escrever esses últimos dias, não foi por falta de pensar em vocês mas estive viajando a trabalho, muita correria mesmo e frio! Quase congelei em Curitiba! Mas foi maravilhoso, sobre todos os aspectos! Profissionalmente perfeito, pessoalmente fazia anos que não visita aquela cidade e que diferença; as pessoas se cumprimentam na rua (mesmo sendo uma cidade de mais de 3 milhões de habitantes), o sistema de transporte funciona (e vêm de encontro com todos os conceitos de sustentabilidade, com uma frota movida a biodisel), vários parques agregando ambiente/lazer/cultura; enfim um lugar a se pensar... qualidade de vida. Muito enriquecedor esse dias que passei por lá! 

Tivemos a oportunidade de visitar uma ETE (estação de tratamento de efluentes) desenvolvendo uma nova tecnologia mais limpa e aeróbia reduzindo as emissões de metano (um dos gases de efeito estufa com um potencial de aquecimento global 21 vezes maior que o dióxido de carbono), desde então cada vez que vou no banheiro fico imaginando aonde a "M" vai parar... maluquices a parte parei para pensar na quantidade de resíduos que produzidos diariamente e como eles não descartados (ou utilizados, tem muita "M" que corretamente tratada vira ouro como biofertilizante devido a grande carga de nitrogênio e fósforo). É biomassa, e biomassa é energia (mesmo que seja lixo ou merda mesmo)! E agora com a política nacional de resíduos sólidos muita coisa vai mudar nos próximos anos, começando pelos lixões que legalmente serão extintos até 2014.

Mas enfim, esse blog não é sobre sustentabilidade! Morri de saudades do meu pequeno filho esses dias, quase uma semana sem ele (sabia que estava tudo tranquilo, babá, avó todo o aparato e suporte); cheguei toda ansiosa do aeroporto, ele estava acordando da sua soneca da tarde, achei que ele iria fazer a maior festa e nada... deu aquele sorriso padrão e foi isso! Puxa, será que ele nem sentiu minha falta? Brincadeiras a parte, o que estou tentando dizer é que criança se adapta tão bem, em qualquer situação! Com o tempo vamos perdendo essa capacidade de simplesmente ser, viver o agora. 

Acabei não conseguindo ir no meu pai (afinal hoje é dia dos pais), mas liguei, ele já sabia que eu estava chegando de viagem, e nossa relação hoje é sem estress mesmo! Combinamos um dia dos pais (só nós dois) essa semana quando desacelerar... minha irmã também ainda não está saindo com o bebê (prematuro é outra estória, mais cuidados e blablabla). Independente do glorioso almoço do dia dos pais (que não aconteceu) continuamos nos amando igual (ou mais sempre)!!! Mas deixo aqui registrado: Te amo pai, não só hoje mas ontem e sempre! Meu alicerce, minha bússola apontando a direção certa! Seu carinho, seu amor, sua presença na vida minha incondicional!

E feliz dia dos pais para você Caiçara, pai do meu filho! 






terça-feira, 6 de agosto de 2013

Stress


Ola meus queridos(as)

Totalmente estressada com tudo e todos! Razão: TPM, trabalho, filho(o pequeno e o adulto), viagem, $, pós-graduação...  resumindo, TUDO! Confesso que meu nível de tolerância esta tendendo a zero... e quando ele veio com suas desculpas e justificativas para não tomar as redes da sua vida quase explodi (mas apenas falei pare de ficar arrumando desculpas). Ele finalmente decidiu que ficar morando na praia, e na casa da  maluca da irmã sem trabalho é inviável, ótimo, parabéns! Sei o quão difícil é conseguir um emprego (ainda mais descente) em Peruíbe, é basicamente uma cidade cheia de aposentados, evangélicos e nóias; dependendo da curtíssima temporada de verão para movimentar a economia. Quando morei por lá cansei de ver estabelecimentos abrirem e fecharem num piscar de olhos, o grosso da população é extremamente limitada e pobre também, infelizmente. A cidade é linda, tem tudo para dar certo mas simplesmente não vai para frente (enquanto os outros vizinhos de baixada, por exemplo, estam na corrida do pré-sal Peruíbe nem sabe o que é isso). Enfim, entendo as limitações que a cidade oferece e acho muito válido essa proposta de vir para Sampa. Questões de ordem prática, vai morar aonde (eu não vou sair daqui neste momento para ir morar com ele)? Tá bom, me prontifiquei a procurar algumas alternativas tipo quartos para alugar/pessoas dividindo casas/repúblicas/etc... visitei alguns lugares (nada IDEAL, mas neste primeiro momento serve). Emprego? Abri uma conta de email para ele, expliquei sobre os sites de busca de emprego, e ele? Nada, não mandou nem um currículo (que alias fui eu que fiz também). Quando perguntei porque, ele disse mas eu não estou ai, e se eles me chamarem para uma entrevista amanhã? Respondi, querido isso aqui é São Paulo! Dê graças a Deus se eles responderem até o final da semana marcando uma entrevista para semana que vem e olhe lá! Como fiquei irritada... ou é ingenuidade demais ou é falta de iniciativa mesmo esperando que eu faça por ele ou o PS (não cai do céu NÃO)! Sabe, ele não é meu filho! Que comportamento adicto irritante!!!! As vezes dá vontade de lavar as mãos, ou simplesmente depositar um $ na conta e ele que se vire para subir. Ou vá para biqueira (o que aconteceu da última vez)... 

Olha a codependência aqui, até pensei em alguns amigos que poderiam acolhe-lo por umas semanas mas pensei bem e achei melhor não envolver ninguém, seu tempo limpo digamos que seja, dentro de uma escala geológica corresponde a milésimos de segundos... 

E a frustração dele em escutar, quando falei: Olha, estou indo viajar a trabalho amanhã só volto no domingo, porque não deixar para que você suba semana que vem, deixo certo o lugar para você ficar, vai procurando um emprego neste meio tempo e, enfim, estarei aqui (e não em Curitiba num encontro de projetos sustentáveis e gestão coorporativa de carbono). Não vi a cara dele, pois essa conversa foi ao telefone, mas imagino. Que dificuldade que temos (os DQs mais ainda) em escutar o que não queremos! 


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Resumo do final de semana (nada demais)


Ola meus queridos(as)

Engraçado como alguns sentimentos surgem do nada... esta tudo certo, noite de sexta feira tranquila, o pequeno dorme, eu finalizando algumas pequenas coisas no computador e de repente, aquela saudade, aquele vazio. E aquela vontade de simplesmente pegar o carro e descer a serra. Esta tudo silencioso demais! Esta tudo muito sem graça longe dele... longe da praia, longe daquele cheiro de maresia.

Eu não nasci para morar em Sampa definitivamente! To caindo de sono, termino amanhã.

Boa dia! Não, eu não desci a serra, alias estive visitando minha irmã e o pequeno bebê, que finalmente teve alta e esta em casa. Confesso que fiquei até com receio de pegá-lo no colo, tão frágil; e lembrar que o I. já foi daquele tamanhinho... minúsculo, todo molenga. O I. saiu da maternidade com o mesmo peso do nosso bebê, mas acho que a diferença é que o I. só era pequeno mesmo, o outro é prematuro e ficou quase duas semanas na UTI. Ajudando minha irmã a trocar a fralda deu até dó de ver as marcas pelo seu corpinho, aonde estava o dreno, os cateters, as inúmeras vezes que colheram sangue... Ufa, mas é tudo passado! Agora é so ganhar peso e crescer saudável! E minha irmã voltou a sorrir, extremamente cansada (e as madrugas em claro nem começarão ainda) mas feliz com o pequeno nos braços.

Estressei um pouco com o I., essa fase dos dois anos esta brava, cheio de "qué,qué", chiliques e por ai vai. Como é difícil ser mãe as vezes, eles não vêem com um manual de instruções, e vamos apreendendo na base do acerto e erro mesmo. Além de que toda minha rede de apoio resolveu sumir/viajar este final de semana, foram intensas 48 horas eu, ele e Deus! Nesta dinâmica toda, liga o Caiçara domingo exatamente na hora que estou tentando colocar o I. no berço, falei que estava um pouco cansada, trabalho atrasado, I. chilicando o final de semana inteiro.... e ele: criança é assim mesmo! Para quê ele foi falar isso? Sobrou para ele! Na hora que minha serenidade tinha ido no pé descasquei (um pouco) e achei melhor desligar antes de me arrepender e jogar algumas coisas na cara dele (começando pelo fato que eu estava bem tranquilinha chegando nos meus 40 anos, já nem pensando mais em ter filhos nesta vida quando a idéia/semente começou a ser plantada, inicialmente por ele que sempre quis ser pai).

Nossa, comecei a escrever este post na sexta e hoje já é segunda, olha como eu procrastino demais as coisas! E sabe porque? Sempre deixo para o último segundo (não é nem minuto) pois vêm dando certo nestes últimos 30 anos, mas um dia não dará... além de que sei que essa minha (des)qualidade enlouquece muita gente! Começando pela minha família, e olha que ninguém aqui é alemão ou britânico. Deixaeu postar logo isso!


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Amigos


Ola meus queridos(as)

Depois de um dia corrido, fiquei pensado sobre o que escrever? Eu, ele, DQ, codepêndencia? Não, amizades... pessoas que simplesmente surgem nas nossas vidas do nada, coincidência, destino... mas que tornam-se verdadeiros alicerces, pilares de sustentação. Pessoas que nos acolhem, apreendem a nos amar, nos escutar (e chulapar também). Pessoas que se abrem para o seu mundinho, pessoas que estendem a mão (sem você pedir), pessoas como eu e você mas com um coração que abraça o mundo! Pessoas vividas, sofridas, felizes, lindas que simplesmente caem de para-quedas (não são amigos de infância, ou de anos), cruzam o sei caminho e dizem tanto! Pessoas que olham dentro de você e dizem tamu junto!!!!!

São para vocês, essas pessoas que tornaram-se meus amigos sem eu perceber que deixo essas palavras (que não são minhas, quem me dera...):

Friends will be friends,
When you're in need of love
They give care and attention.
Friends will be friends,
When you're through with life
And all hope is lost,
Hold out your hand
Cos friends will be friends right till the end

Link: http://www.vagalume.com.br/queen/friends-will-be-friends.html#ixzz2alMf3Xit

Friends will be friends right till the end (amigos serão amigos até o fim)!