terça-feira, 23 de abril de 2013

Se não babau...


Ola meus queridos(as)

Estou apreensiva. Venho me ocupando muito com o trabalho, a nova pós graduação em mudanças climáticas e mercado de carbono que começou essa semana, meu pequeno, amigos... enfim; o dia a dia mas confesso, lá no fundinho, uma certa ansiedade e muita preocupação. Não tem como não lembrar, ele termina o tratamento essa semana, não estará mais "protegido" entre os muros da clínica e o mundo aqui fora continua igual. Uma vez eu disse a ele, quando saiu de resso, que o mundo não iria mudar, as biqueiras não mudaram de lugar (talvez uma ou outra), os "amigos" (bem entre aspas) continuam por ai. Eu espero que quem tenha mudado nesta dinâmica toda seja ele, senão ele voltará a ser mais uma peça nessa engrenagem e babau. 

Fico aqui com os meus botões pensando o que realmente de concreto poderia fazer para ajudá-lo neste momento pós clínica. Como nosso diálogo anda inexistente não sei seus planos, mas imagino que deva voltar a morar na casa da mãe que agora é da irmã maluca, péssimo. Eles tem uma relação extremamente tóxica e neurótica, ela nunca colocou o pé num grupo (Nar-Anon ou AE que seja), não entende absolutamente nada sobre dependência química muito menos o momento final de tratamento/início de recuperação que o Caiçara estará, é ignorante, grosseira, baraqueira, fanática, altamente carente, com uma codependencia batendo no teto...e a lista vai, resumindo, a pior companhia para morar com ele agora. Outra preocupação de ordem prática é se ocupar, como sabemos, cabeça vazia oficina do diabo. Criar uma rotina na qual ele se sinta seguro e produtivo. Conversando com uns amigos algumas sugestões muito válidas apareceram. Voltar a estudar, se profissionalizar num curso técnico. Terei imenso prazer em bancar seus estudos, mas (como apreendemos né) ele tem que querer! Cheguei a me informar de alguns cursos técnicos em Santos (como Petróleo e Gás, não muito a cara dele mas é aonde esta o mercado de trabalho; Gastronomia ou mesmo Meio Ambiente). Aqui estou eu já criando expectativas....primeiro as primeiras coisas! 

Na verdade, todos nós sabemos que sem essa rede de apoio fica muito mas MUITO difícil! Pior, inúmeros casos nos quais o DQ realmente entra em recuperação mas a família continua lambendo a sua codependencia e o final da estória: todo mundo recaído. Todos, e digo TODOS sem exceção precisam estar trabalhando sua recuperação senão babau...

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