segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ser feliz ou ter razão?


Ola meus queridos(as)

Esse seria o ideal (ter os dois), mas quantas vezes não nos desgastamos em discussões intermináveis apenas para provar que temos razão e acabamos infelizes... Como se fosse uma queda de braço, no final parabéns; você ganhou mas está exausta e triste. Eu vivi uma boa parcela da minha vida brigando para "provar" que eu tinha razão; hoje sempre me pergunto antes de entrar neste comportamento: até que ponto isso é importante? Eu até posso ter razão mas vale a pena comprar essa briga?! Perder minha serenidade e depois ficar infeliz MAS com razão? 

Não, hoje não quero ter razão e sim ser feliz, fazer o outro entender, aceitar o meu ponto de vista, os meus argumentos (racionais) não pesam mais... isso não significa que virei uma estátua, muda e passiva; longe disso, apenas não sinto mais aquela necessidade de sempre "sair por cima" numa discussão, apreendi meus limites e tirar o time de campo quando ganhar  o jogo simplesmente será um placar, um número que nada acrescentará no meu potinho de felicidade. 

Para quem sempre foi a dona da verdade (como eu), requer muito mas MUITO controle, não é natural pois meu instinto é entrar no jogo; mas fui lentamente moldando, criando mecanismos de alerta, opa! Vamos ficar por aqui pois esse jogo eu conheço. E no fundo tanto faz se o outro reconhecer que você tem razão ou não, se você sabe que tem razão; essa é a única pessoa que importa, você!

E desde quanto a sua felicidade esta vinculada aos outros acharem que você tem razão? Desde quando sua felicidade esta vinculada a qualquer outra coisa que não seja você e suas escolhas? Demorei muito tempo para entender isso... tão simples. 

sábado, 26 de abril de 2014

Chernobyl nos ensina


Ola meus queridos(as)

Assisti um documentário da BBS sobre Chernobyl, para os mais novos que não lembram, a 28 anos atrás houve um desastre de proporções enormes num reator da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. 2600 km2 de território (incluindo cidades, vilarejos) hoje são chamados de "the zone", toda a população foi evacuada e a área foi classificada como não habitável devido aos elevados índices de radiação; apenas alguns pesquisadores tem permissão para fazer trabalhos de campos no "the zone"por um curto espaço de tempo . 

Pois é, 28 anos depois, tal área SEM nenhuma presença humana tornou-se um santuário de lobos, alces, bisões, gaviões, marmotas etc... todo um ecossistema funcional, e por mais que os pesquisadores estudem, saudável (apesar dos níveis de radiação altíssimos ainda nos dias de hoje). Só abrindo um parênteses, o processo de geração de energia nas usinas se dá através do bombardeamento de átomos de urânio enriquecido, aonde os mesmos são fissionados (dai fissão nuclear); e apenas para ilustrar a meia vida do urânio é algo em torno de 4 milhões de anos... Logo, nenhuma surpresa que a área continue contaminada (e estará PARA nós humanos por um bom tempo)!

Mas a vida floresce, a natureza sempre encontra um caminho quando NÓS saímos do caminho... fiquei impressionada com as matilhas de lobos indígenas se reproduzindo entre os escombros do que antes foi uma das cidades mais modernas e tecnológicas da antiga União Soviética, Pripyat; a tundra quebrando o que sobrou de asfalto; os gaviões fazendo seus ninhos em torres abandonadas... uma cidade fantasma literalmente sendo invadida pela natureza! Invadida não, simplesmente a natureza reconquistando o seu espaço; um ecossistema totalmente em equilíbrio voltando ao seu status quo antes do expansionismo industrial stalinista do começo do século XX. 

E porque estou escrevendo tudo isso? Bom, primeiro porque sou meio nerd mesmo (até ai nenhuma novidade) e esses documentários me interessam; segundo porque é uma grande lição que o planeta nos deixa! De um acidente nuclear, contaminando uma área enorme da qual estamos banidos (para sempre); a vida se adapta, surge, reconquista seu espaço e prolifera.  A vida deste planeta não precisa de nós, NÓS é que precisamos deste planeta... 



sexta-feira, 25 de abril de 2014

Pequena homenagem a futura mamãe


Ola meus queridos(as)

Hoje gostaria de fazer uma pequena homenagem a uma companheira, uma mulher que caminhou milhas e milhas, foi ao inferno e voltou, apreendeu a duras penas a importância de SE amar primeiro sem nunca deixar de amar os outros... 

Uma mulher que plantou, semeou o amor, o carinho, a compreensão; abraçou nossa irmandade e hoje esta colhendo os frutos; e que fruto mais lindo que cresce dentro dela!!!! Esse pequeno ser, tão esperado, já tão amado por essa mãe maravilhosa... São essas histórias de força e esperança que alegram tanto o meu coração. 

Minha companheira querida, aproveite cada segundo desta gravidez, curta cada chutada na barriga, abrace os kilinhos a mais, e continue cultivando o amor! A vida em eterna renovação.

Que essa nova vida seja mais um tesouro na sua estória! 




quarta-feira, 23 de abril de 2014

Perdoar


Ola meus queridos(as)

Final de feriadão tranquilo, I. na sua sonequinha da tarde, Caiçara acabou de sair pra ir trabalhar (é meu amigo, agora é correr atrás do prejuízo, alias ele trabalhou o feriado inteiro) e eu simplesmente em paz... Porém refletindo sobre alguns acontecimentos recentes. 

Bom, o rapaz que teve a infeliz idéia de casar com a bruxa evangélica (o companheiro de clínica do Caiçara) entrou em contato comigo uns dias atrás, fui honesta sobre a recaída, enfim, não tenho absolutamente nada contra nem a favor desta pessoa (que eu mau conheço, alias nem lembro dele durante as visitas quando estavam internados juntos), mas houve uma aproximação com uma realidade que não me interessa.  Ele pediu para ser meu "amigo" no face (pois é, a internet chegou ai manicômio), aceitei, e pronto, tudo que ele vê, a bruxa evangélica também... principalmente o I. . Comentei com o Caiçara que o rapaz tinha ligado e sugeri que ele entrasse em contato, para que... Ele ligou, acabou falando com a bruxa evangélica (o rapaz estava na sala, da-lhe NA) e pronto, todo aquele sentimento voltou, toda aquela minha vontade de estrangular ela ressurgiu, tudo que eu venho lutando tanto para conquistar deixei escorrer pelos meus dedos, e acabamos discutindo. Entendo que ela é irmã dele, infelizmente não escolhemos isso, mas NÃO é a família do I., eu abomino absolutamente tudo que eles são, fazem e pregam.  Eu deixei bem claro que não haverá contato nenhum, zero... ele ficou chateado, justificando que é a família dele... é pois é, pode até ser, mas não do meu filho.  A bruxa evangélica comentou que o I. esta lindo (claro que ela viu as fotos), que nós estivemos na praia recentemente e nem sinal de vida e mais blablabla... 

E ai? Simplesmente excluo o rapaz assim ELA não terá acesso a absolutamente nada da minha vida? Será que estou sendo intransigente demais? Será que tenho o direito a não querer nada com aquela gente? Eita... Porque tudo isso ainda me incomoda tanto?

A resposta é, porque ainda não perdoei.... Não perdoamos as pessoas que nos pedem perdão (ela jamais fará isso), perdoamos a nós mesmos e depois isso extende-se ao outro. E ai complica, pois absolutamente NADA dentro de mim está pendente; eu já me perdoei; e honestamente, essa pessoa não faz parte da minha lista de reparações pois, eu nunca a prejudiquei (muito pelo contrário, a prejudicada fui eu sempre).  Será que ainda espero que um dia este ser entenda o que fez à todos nós? Não, não espero nada de um ser quase "não"ser... Honestamente, tenho mais admiração e respeito por uma minhoca do que por ELA.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Navegar


Ola meus queridos(as)

Essa semana (que teoricamente acaba amanhã, feriadão) foi de tudo um pouco! Segunda o I. estava super gripado (consequências de ficar correndo pelado pela praia e entrar na água gelada da bica do Costão), não foi na escola. Terça ainda estava meio doentinho, mesmo com uma pilha de coisas para fazer achei melhor não levá-lo na escolinha. Qual a minha surpresa quando o pessoal da escola liga avisando que uma das crianças foi diagnosticada com H1N1, pronto, momento pirei! Antes de entrar em pânico, liguei para a única pessoa que escuto na minha vida, meu pai... Ele me acalmou, consegui falar com a pediatra, os sintomas não batem e assim ele ficou em casa a SEMANA inteira! Engraçado, no começo pensei com meus botões o que fazer com o I. a manhã inteira sozinha, socorro! A babá só chega meio dia... e se eu chantagear ela, pagar dobrado, implorar... nada deu certo, ouvi um sonoro SE VIRA! E acreditem, eu me virei!!!!! Apreendi que meu filho não gosta de backyardigans, adora encaixar as peças do lego, desenhar na lousa, se lambuza de requeijão e quando fica cansado fala que vai "mimi", se enrola no edredon (como eu) e dorme. E assim tive a oportunidade de conviver com meu pequeno... as vezes acho que não conheço meu filho, prioridade, passar mais tempo com ele.

A sala foi maravilhosa, consegui fazer a reunião painel sobre o primeiro passo que tinha planejado semana passada (mais não deu né? Se nem coordenar eu consegui, imagina fazer um estudo de passos... menos ainda). O grupo fluiu muito bem, tivemos várias companheiras contribuindo e assim, mais uma vez faço as pazes comigo e lembro o que realmente vale a pena!!!! Além de ter sido muito bom para mim, pois precisei realmente voltar lá trás e ESTUDAR o primeiro passo (fazer o exercício do círculo, olhar para dento dele, mais uma vez admitir minha impotência perante o adicto e trilhões de outras coisas... um mergulho gostoso no mar da recuperação)! E assim ergo as velas do meu barquinho novamente, e vamos navegar!

O Caiçara levantou, voltou para programação e honestamente, sinto que ele esta se esforçando. Mais do que isso, é criar expectativas... o que eu não faço mais!




segunda-feira, 14 de abril de 2014

Morrer de amor


Ola meus queridos(as)

Essa é a coisa mais patológica que já ouvi na minha vida... morrer de amor, já vi gente morrer de câncer, de traumatismo craniano, de embolia pulmonar, de aneurisma e por ai vai... agora nunca vi em nenhum atestado de óbito a causa da morte ser "amor"! E todos no velório, perguntando morreu do que? Puxa, morreu de amor... que coisa, tão jovem né? Se ela tivesse amado menos (falei para diminuir na dose) talvez ainda estivesse viva... Desculpe, só rindo mesmo.  

Ninguém morre de amor, o máximo que você consegue fazer é lentamente morrer por dentro, secar pois esqueceu de amar você mesma... e o resto é consequência. O máximo que você consegue fazer é um suicídio progressivo quando deixa de amar você mesmo. O máximo que você consegue fazer é definhar, deixar de viver... e morrer, mas não porque você amou, MAS ao contrário, você deixou de amar a pessoa mais importante na sua vida, você mesma! 

Pois é, fácil falar assim pois não faço parte do MADA (alias eles nem iriam me aceitar, acho que faço parte do grupo de mulheres que amam de menos... brincadeiras a parte, já vivi vários relacionamentos, maduros, infantis, casamentos, namoros, longos, curtos, maravilhosos, desastrosos... e sobrevivi, então sei que minha existência não dependente do outro). E por mais doído que seja, tudo passa e você NÃO morre! 

Então quando algumas companheiras me falam (vivendo na merda, comendo o pão que o diabo amassou) eu amo "ele" demais o que eu escuto; eu me "amo" de menos... e assim cada uma delas vão morrendo num suicídio coletivo em nome do "amor". Socorro! E nada que eu diga surti efeito,  fico frustrada na minha impotência, mas novamente, tudo volta ao básico, as escolhas de cada um.

Mas deixo para vocês um fato: Ninguém morre de amor e sim de FALTA de amor! 




sábado, 12 de abril de 2014

Acreditar


Ola meus queridos(as)

Por aqui a vida continua, voltamos a rotina, escola, trabalho, supermercado (fiquei surpresa quando o vácuo quase me sugou para dentro da geladeira... confesso que não sou muito "dona" de casa, sabe a Amélia que era mulher de verdade; bem longe do meu perfil). Sobrevivo dias sem arrumar a cama, alias hoje minha super babá trouxe a explicação científica do porque (ela viu na televisão), uma cama meticulosamente arrumada não tem circulação de ar suficiente e vira um criadoro de ácaro! Olha que beleza, minha preguiça em arrumar a cama esta justificada cientificamente... e eu nem sabia! 

Aos poucos volto a fazer as pazes comigo mesma, o barulho silencia e a serenidade vai chegando novamente; um pouco tímida mas já voltou. E a pergunta é; o porque me permiti ser tão afetada assim por uma escolha que não é minha e não tenho controle? Bom, temos duas parte ai; a primeira é MAIS uma vez tive um prejuízo financeiro gigante (meu iPad virou 70 pedras de crack), burra, burra e burra... emprestei o iPad. Logo, essa parte é fácil de entender o porque reagi como reagi frente a sua recaída (num momento de raiva, sugeri que dá próxima vez que ele quiser "desandar" que dê algo seu, como a bunda por exemplo). Então essa primeira parte é compreensível, racional e fácil de entender.

E a segunda parte que envolve apenas o emocional? Mas complexa de ser analisada, faltou desligamento com amor? Criei expectativas sem saber? Continuo instintivamente achando que meu carinho e amor são maiores que a droga? Insana... se a resposta a qualquer destas perguntas forem sim, eu não apreendi NADA! No fundo, ainda preciso de um tempo para refletir mas acho que não é nada disso... Eu acreditei, não, acredito na recuperação de qualquer pessoa! E apenas dói ver a luta diária da pessoa querida buscando uma nova maneira de viver e tropeçando pelo caminho... Ontem nos vimos pela primeira vez depois da recaída, mais uma vez escutei tudo que já escutei antes, ele voltou para sala, quer fazer as reparações, não quer perder mais nada para droga... enfim, sinto honestidade (como já senti tantas vezes antes). Ele esta sendo honesto, e precisa acreditar que vai conseguir ganhar essa luta, entrar em recuperação, vencer sua compulsão e reconstruir sua vida longe das drogas. Quem precisa voltar a acreditar sou eu... 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Vender o terreno


Ola meus queridos(as)

Em pouco tempo a realidade bate a minha porta, serenidade no pé... aquela paz, aquele amor que trouxe da praia não subiu a serra. Confesso que não consegui coordenar nossa sala ontem, na verdade relutei comigo metade do dia, nem pedi para que minha mãe ficasse com o I., já resignada a não ir. Mas minha mãe chegou do nada (ela nem sabia que nós tínhamos voltado) perguntando se eu não ia na reunião? Eita PS, peguei o CEFE, coloquei na bolsa e fui. 

Arrumei a sala, tudo certo, companheiras chegando, sentei no meu lugar de sempre (aquele mesmo atrás da toalha azul com uma cadeira só), abri a reunião com a oração da serenidade... um minuto de silêncio que dentro de mim foram horas, e quebrei todo o protocolo; uma voz, dentro de mim dizia não vai dar... e assim, pela primeira vez, interrompi e disse: "Não consigo coordenar hoje". Espanto total, mas olhei para uma companheira como se fosse um SOS, ela se prontificou (agradeço, apesar dela ter esquecido de ler a sétima, e mais umas micro gafes básicas... o que me ajudou a saber que posso contar mas o grupo precisa de mim tanto quanto eu preciso dele). Mudei de lado, e sentei numa cadeira que fazia tempo que não visitava. 

E lá, eu escutei, partilhei... coloquei todo o lixo para fora (e como foi bom) e me permiti chorar, desmoronar, desabar amparada por essa rede de apóio que nos une. E lá, minha tristeza, minha dor diminuiu. Mas não as incertezas, hoje, depois de conversarmos no telefone, confesso que não sei... vejo os escombros do que foi destruído mais uma vez e me questiono se quero reconstruir de novo, ou simplesmente vender o terreno. 

Eu não tenho medo de viver sem ele, alias vivi sem ele 37 anos da minha vida... 




Homo caiçariens


Ola meus queridos(as)

Esses últimos dias na praia foram simplesmente maravilhosos, pena que não tinha como ficar mais... por mim, esticava e esticava e esticava mais um pouco até voltar a morar na praia de vez! Lá é a minha casa, lá é meu porto seguro, lá é aonde sou EU, lá é aonde mora meus amigos queridos que mais uma vez me receberam de braços abertos com muito carinho e amor... lá meu filho está no seu habitat natural (como disse o Cesar, um amigo muito querido observando o I. correndo pelado na bica do Costão)! O I. faz parte de uma outra espécie; o homo caiçariens, essa espécie vive plenamente em harmonia com a natureza, de preferência em regiões litorâneas nas quais predominam manguezais e matas tropicais... corre pela praia como um caranguejo (mamãe olha o"gaguejo"), nada como um peixe (mamãe "cadê o sharka"?), e exausto descansa feliz e em paz quando o sol se põe acolhido pelo carinho de todos que acompanharam minha gravidez, o viram nascer, ajudaram nos momentos difíceis e já amavam meu filho muito antes que eu! Essas pessoas incríveis e simples que cruzaram minha vida, hoje, são a família adotada do I., uma comunidade de caiçaras maravilhosos,  perdidos no meio do Ruínas (alguns se desgarraram e mudaram para o Veneza) que sempre, por mais que o tempo passe, estam muito presentes na vidinha dele (e na minha)! Apenas sinto uma enorme gratidão em sentir esse amor por tudo e todos, que nos une e nutre para o resto de nossas vidas...

E eu? Fui abraçada e abracei, fui acolhida e acolhi, fui escutada e escutei... chorei, sorri, vivi. Foram dias de paz, recarreguei minhas baterias, me permiti simplesmente ser feliz naquele momento, saimos a noite sem as crianças (olha o milagre) para tomar umas cervejas e nos divertir, acordei tarde, deixei a preguiça da praia me contaminar, as ondas quebrando na praia, o horizonte infindável do mar, a beleza daquele restinho de mata atlântica.

Claro que não é fácil "ver" o Caiçara em cada por do sol, em cada cantinho daquele paraíso, muito menos responder o porquê ele não veio conosco, mas sofrer eu não sofro mais. E subo a serra, mais uma vez, com a certeza que deixo um pedaço meu, talvez o meu melhor pedaço lá e trago comigo um pedacinho de cada um deles, de cada momento!


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Hoje eu escolho


Ola meus queridos(as)

Infelizmente não tenho mais nem lágrimas, elas secaram... e com elas, muitas coisas morreram. Minha confiança, minha confiança e mais uma vez minha confiança foi esfaqueada, esquartejada, enterrada. Minha confiança que demorei tanto tempo para resgatar, minha confiança que precisou de tantas 24 hrs de sala para ser ressuscitada, minha confiança nele (pois sem isso não há como se relacionar) foi enterrada. Momento velório, luto. O velho e bom terceiro passo sempre voltando; eu entreguei com todo meu coração, confiei, vivi e me fudi! Talvez tenha confiado demais; mas não sei fazer de outra forma; quando estou com alguém eu confio (de outra forma não estaria).

Ele recaíu, e feio, porém mais uma vez, me poupo dos detalhes, pois são irrelevantes... e nem eu quero saber pois nada vai me acrescentar. Então o que irá acrescentar? Focar no positivo, no amor, nesta irmandade maravilhosa que mais uma vez foi minha rede de segurança, nos amigos amados e suas palavras de carinho, numa babá que fez hora extra sem cobrar nada sabendo o quanto eu estava mau, no meu pequeno I. que MERECE uma mãe inteira e feliz... e assim fazemos nossas escolhas.

Hoje eu escolho me afastar, pois minha vida e do meu pequeno, sempre em primeiro lugar... Hoje eu escolho sair correndo para o lugar aonde estou em casa, minha praia, meus amigos queridos, as ondas, meu filho pelado correndo pela praia... Hoje eu escolho dar um merecido tempo a MIM! Hoje eu escolho viver a minha vida, que não é um conto de fadas, mas também nenhuma tragédia grega. Hoje eu escolho "viva e deixe viver", hoje eu escolho me permitir ser feliz independente das escolhas do outro, hoje eu estou arrumando as malas...e volto quando quiser!!!!

Dói, e vai doer por um bom tempo, mas sou impotente perante o adicto, sou impotente perante inúmeras coisas mas NÃO sou impotente perante minha vida! E como eu só tenho essa, melhor cuidar dela né? 






quarta-feira, 2 de abril de 2014

Encruzilhada


Ola meus queridos(as)

As mudanças fazem parte da vida, quando nos percebemos numa encruzilhada (e olha que as vezes estamos lá faz tempo, só ainda não tinhamos percebido) a primeira (re)ação é: que merda é essa? O que eu estou fazendo aqui, como eu vim parar aqui? Aonde eu me perdi no caminho? Cadê meu GPS?

Pois é, não tem GPS, não tem google map... só você e aquela bifurcação, sem saber que caminho tomar... não tem placa sinalizando o destino, não tem mapa, apenas você... olhando aquela encruzilhada sem saber que direção seguir. Segunda (re)ação: desespero, estou perdida!!!!!! Quem sabe eu fico aqui esperando alguém passar e me dizer o que fazer... E lá você senta, na escruzilhada, o tempo passa, e não passa ninguém. Terceira (re)ação: Fudeu, vou ter que tomar uma decisão por MIM mesma.

E esse é o momento no qual você volta a caminhar, mesmo sem saber se é o caminho certo, mas ficar parada na encruzilhada não dá mais! Se lá na frente você descobrir que não era aquele o caminho, tudo bem, volte para trás, recomece e escolha outro!

Hoje eu estou nesta encruzilhada... ainda continuo sentada na beira do caminho esperando alguém passar, mas sei que preciso levantar e voltar a andar, para qualquer direção que seja! Preciso levantar, e continuar caminhando. Só por hoje, vou sentir essa tristeza, essa dúvida, essa dor... E amanhã, é outro dia!