segunda-feira, 29 de abril de 2013

Lua de Mel


Ola meus queridos(as)

Ele me pediu por favor, eu disse sim eu vou descer...e sexta feira a tarde depois de longos meses, com o mar o sol e o I. como testemunhas um abraço apertado, o beijo tão esperado. O tempo parou e a lua de mel começou. Estou pronta, sei que ela pode durar ou não durar mas optei por viver o hoje, o agora e ser feliz. E por um final de semana, fomos uma família com sonhos de sermos uma família todos os finais de semana, todas as semanas...

Começamos a desfazer as malas e planejar uma nova viagem, aos poucos, sem muita pressa (preciso trabalhar melhor minha ansiedade imediatista - ele tem razão quando a isso, alias escutando-o ele tem razão quanto a várias coisas). Eu também manipulei, controlei (ou quis controlar - insanidade minha), não respeitei suas escolhas (inclusive as certas!), atropelei! Ainda temos muita roupa suja para lavar, mas ao longo desses dias pude sentir uma vontade sincera (de ambos) em trabalhar as mágoas transformando-as em compaixão, recomeçar nossa estória (honestamente só não sei se do zero, do cinco ou do cinquenta...nem todas as páginas podem ser viradas - acho eu, algumas coisas vão ficar na mala mas apenas aquelas que forem úteis para a nova jornada).

Na sexta a noite deixamos o I. com a ex-babá dele (ela foi babá dele quando moramos em Peruíbe, alias eu sempre tive sorte com babás); confesso que não houve muito espaço para longas e profundas conversas...estava me sentindo uma virgem tremendo dos pés a cabeça, mas ele carinhosamente me acalmou e a química estava lá (como sempre), finalmente depois de infindáveis solitárias noites adormecemos um nos braços do outro. Bom meus queridos, isso aqui não é roteiro de filme porno, ne'? Então sem maiores detalhes...ai que vontade de contar! Mas não vamos fugir do propósito aqui.

Ao longo dos outros dias juntos, conversamos, eu preciso apreender a escutar (mais) principalmente nesta fase pós clínica; é muita mas MUITA coisa que aconteceu com ele, que ele viveu e eu não participei, não tenho a mínima idéia; e se ele falou e falou e falou é porque quer dividir comigo e eu devo dar o devido valor a isso. Pórem, teve alguns momentos que precisei frear um pouco, no fundo, nem tudo me interessa (como os "casos"dos seus companheiros adictos da clínica e por ai vai). Sei que é muito recente, mas as vezes, por algumas horinhas é bom esquecer que existe DQ, NA, Nar-Anon etc...e apenas falar dos nossos sentimentos, ou apenas ficarmos ali, abraçados, serenos...sem estress.  E curtir nosso pequeno Caiçara correndo enlouquecido na praia, com um sorriso que tudo apaga, tudo resgata...que nos faz lembrar do que realmente vale a pena, o amor!

Para você: "Poucas coisas ajudam mais um indivíduo do que colocar a responsabilidade nele e deixar que saiba que você confia nele" Booke Washington (CEFE, pag. 120)

E eu confio, sempre confiei!

2 comentários:

  1. Que delícia! É tão bom ter momentos assim, que se eternizam!
    Beijo!

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  2. Muito obrigada querida, de coração! Foi um re-encontro, mas estamos bem enraizados, com os pés no chão (mas dá uma vontade de sair voando as vezes), apreendendo a nos conhecer novamente....um dia de cada vez! Super beijos!

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