São Paulo, 6 de Janeiro de 2013
Caiçara,
Recebi sua carta hoje,
depois de já ter mandado a minha de despedida. Alguma coisa mudou,
mas continuo com as malas prontas, estou embarcando sexta feira e
devo demorar um tempo a voltar. Não é fuga, é necessidade de
deixar o caminho livre....vejo muitas coisas erradas, acho que você
merece uma chance melhor em outro lugar com uma abordagem mais
holística e individual com uma equipe médica multidisciplinar,
terapia familiar....ou seja mais ferramentas que contribuem no
tratamento. Vou ser bem simplória no meu exemplo: imagine que você
enfarte e seja atendido no pronto socorro de Peruibe, ou você
enfarte e seja atendido no pronto socorro do Sírio Libanes...aonde
você tera mais chance de sobreviver?! No Sírio óbvio! Mas, por
outro lado, se for a sua hora tanto faz o PS de Peruibe ou do
Sírio...você vai igual. Enfim, chega de debater, já tomei a
decisão. Eu não estou abandonando você, muito pelo contrário, eu
simplesmente cansei de argumentar com a clínica, enquanto você
estiver ai eu não participarei de nada (eles já não me deixam
mesmo...eu só vou parar de insistir e criar expectativas, porque no
final quem sai machucada sou eu). Por mim eu teria tranferido você á
meses. Resumindo eu, não considero esta clínica a mais adequada.
(alias é como se, ao invés do I. estar numa escola particular ele
estivesse estudando no EMEI do Kalil....uhhhhhh, você até passa de
ano mas apreendeu alguma coisa para ser alguém bem sucedido na
vida?).
Bom, quando você receber
esta carta já estarei a milhas daqui. Amo muito você, mas enquanto
as coisas forem assim eu continuarei a milhas e milhas de distância,
se você decidir ser tranferido eu volto em três segundos...senão,
que seja, e o tempo dirá. Desculpe se parece chantagem mas é assim.
Sempre estarei pedindo pela sua serenidade, e terei você nos meus
pensamentos mais queridos...e realmente esperando sua recuperação
sincera, honesta. Mas vou tomar sol em Ala Moana, ver o por do sol em
Kaimana e relembrar o quanto é bom viver. Preciso voltar a ser eu
novamente, fazer as pazes comigo (claro que não precisaria ir tão
longe para isso mas também quero viajar, sempre fui meio nômade,
não moro muito tempo no mesmo lugar – quem sabe agora com o I. eu ache um lugar definitivo no futuro, nosso lar talvez – mas o
mundo é grande e ainda tem uma boa parte dele que não conheço).
Agora vou embora,
deixando um pedaço meu aqui mas com vontade de voltar em breve.
Enquanto isso vou viver um pouco, esquecer toda essa problemática
envolvendo dependência química, longe de clínicas, teses de
psiquiatria, conversas com psicólogos, grupos de apoio...nada disso,
só problemas mundanos, tranquilos! Simplesmente tirar esse peso
enorme das minhas costas, e voltar a ter uma vida normalzinha,
babaquinha...tudo inha...
Engraçado, achei que
estaria me descabelando mas não. Ao contrário, estou ansiosa sim,
mas em rever meus amigos, meus lugares favoritos, meu passado e com
um adicional o I.! Nunca imaginei que voltaria para o Hawaii com um
filho na bagagem! Nossa vida realmente é única.
Nesta bagagem também
levo apenas as coisas boas, nossas melhores lembranças, o que fomos
(e somos) juntos, muito carinho, muita saudade e muita esperança que
teremos outros dias. Então viajo com o essencial, meu pequeno,
minhas queridas lembranças , minha escova de dente, meu biquini e
meu amor por você. Não fique triste, como você mesmo disse na sua
carta, são 5 meses que podem mudar a sua vida, então utiliza esse
tempo para crescer e se tornar uma pessoa melhor. E lembro de uma
música do Milton que expressa este momeno:
Encontros e Despedidas
(Milton Nascimentos)
Mande
notícias do mundo de lá
Diz
quem fica
Me
dê um abraço venha me apertar
Tô
chegando
Coisa
que gosto é poder partir sem ter planos
Melhor
ainda é poder voltar quando quero
Todos
os dias é um vai-e-vem
A
vida se repete na estação
Tem
gente que chega pra ficar
Tem
gente que vai pra nunca mais
Tem
gente que vem e quer voltar
Tem
gente que vai e quer ficar
Tem
gente que veio só olhar
Tem
gente a sorrir e a chorar
E
assim chegar e partir
São
só dois lados da mesma viagem
O
trem que chega
É
o mesmo trem da partida
A
hora do encontro é também despedida
A
plataforma dessa estação
É
a vida desse meu lugar
É a vida com suas indas e
vindas! E assim nos encontramos e nos despedimos...
E assim me despeço,
desejando o seu melhor sempre (eu nem sempre pude dar o meu melhor).
Sempre vou te amar, até
o (re)encontro!
E parto tranquila pois
sei que a chegada é o outro lado da viagem! Te amo.
Dona Barriga
UM TEXTO QUE TENHO NO MEU BLOG.
ResponderExcluirPara refletir e mudar
Durante um seminário para casais,perguntaram a uma das esposas: -
"Seu marido lhe faz feliz? Ele lhe faz feliz de verdade?"
Neste momento, o marido levantou seu pescoço, demonstrando total
segurança.Ele sabia que a sua esposa diria que sim,pois ela jamais
havia reclamado de algo durante o casamento. Todavia, sua esposa
respondeu a pergunta com um sonoro "NÃO", daqueles bem redondos!-
"Não, o meu marido não me faz feliz"!(Neste momento o marido já
procurava aporta de saída mais próxima).
- "Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz".
E continuou: "O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim
de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade.
Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha
vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou
circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas.
Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as
riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos,
minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável.
Eu decido ser feliz! Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz!
Se vou sair acompanhada ou sozinha:sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado
ou não: eu sou feliz! Sou casada mas era feliz quando estava solteira.
Eu sou feliz por mim mesma.
As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de "experiências
que podem ou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza”.
Quando alguém que eu amo morre, eu sou uma pessoa feliz num momento
inevitável de tristeza. Aprendo com as experiências passageiras e vivo
as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar.
Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque
não tenho dinheiro,porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque
alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido
não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus
amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai.
Amo a vida que tenho mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos
outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por
minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer
outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros. A vida de
todos fica muito mais leve.E é dessa forma que consegui um casamento bem
sucedido ao longo de tantos anos. 11. Nunca deixe nas mãos de ninguém uma
responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade!
SEJA FELIZ, mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha
dinheiro, mesmo que alguém tenha lhe machucado, mesmo que alguém não lhe ame
ou não lhe dê o devido valor.
Peça apenas ao Universo/Deus/ Espírito Maior que lhe dê serenidade para
aceitar as coisas que você não pode mudar, coragem para modificar aquelas que
podem ser mudadas e sabedoria para conseguir reconhecer a diferença que existe
entre elas.
NÃO REFLITA,APENAS MUDE !E SEJA FELIZ !
BONS MOMENTOS SPH FIQUE COM DEUS
Obrigada, é sempre bom nos relembrarmos que apenas nós somos responsáveis pela nossa felicidade e este texto diz exatamente isso.
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