sexta-feira, 22 de março de 2013

Quando nasce um bebê NÃO nasce um pai também


Ola meus queridos(as)

Ufa, sexta feira! Última reunião encerrada, daqui a pouco desligo o computador e até segunda...não vejo a hora de aproveitar um pouquinho meu filhote este final de semana. Ele esta crescendo tão rápido, quase uma pessoinha, com suas preferências, suas "birrinhas"(vamos dar um desconto ele não tem nem dois anos); mas sempre muito carinhoso, carismático! Lembrando de tudo isso deu uma dorzinha pois o Caiçara não conhece o filho dele, não sabe quem ele é; alias, aparentemente também não se importa. É muito duro encarar a realidade, mas não consigo mascarar com flores e justificativas. Tudo bem, imagino que ele continue internado (logo não tem a mobilidade e acesso à um telefone como o resto do mundo), mas ele poderia pedir para alguém ligar ou mais fácil ainda, escrever perguntando do filho. Nada, nem uma coisa nem outra. Alias, se não estou perdida no tempo a sua resso deve acontecer em breve! Mas eu não tenho nada haver com isso.

É queridos....não consigo mais tapar o sol com a peneira. Antigamente criaria um trilhão de desculpas, o defenderia cegamente mas a realidade nua e crua é essa que esta na minha frente. Ele sempre quis ser pai, nunca esteve preparado para ser pai, não sabe o que é ser pai, não tem maturidade (apesar da idade já avançadinha) de ser pai e acima de tudo, não se responsabiliza. Se eu morresse hoje e a guarda do I. fosse para ele, meu Deus! Coitado do I.! Por essas e outras questões conversei seriamente com a minha irmã, nosso advogado vai tentar um acordo mas quero que a guarda do I. fique com a minha irmã se algo acontecer comigo. Não estou planejando que nada aconteça mas seguro morreu de velho né? Além de que não quero meu filho sendo criado por um bando de malucos e, pior, passando necessidade, sem ter as oportunidades que eu tive, que ele tem hoje e minha família pode oferecer também. 

No fundo eu nem fico mais chateada por mim, e sim pelo I. Contradições, o I. não merece ter este pai negligente e irresponsável, eu deveria ter feito uma inseminação artificial e comprado um esperma num banco de doadores...mas ai não seria o I. Esse é o catch 22. Para o I. ser o I. só da forma que as coisas aconteceram mesmo! De qualquer outra forma ele não existiria...quando a gente para para pensar assim dá um nó! 

Já que o advogado vai entrar com a petição, também estou aproveitando para regularizar a pensão, nem que seja $50 mas para que ele comece a entender o que responsabilidade significa. Ainda bem que nós não precisamos desde dinheiro (alias se $50 resolvesse minha vida eu estava é feliz, talvez a mega sena acumulada da virada resolvesse!), mas é um direito dele! E de $50 em $50 quando ele crescer pode fazer uma viagem ou gastar como quiser (é dele)! Esta mais do que na hora do Caiçara levar uma chacoalhada "paternidade", confesso que até então deixei muito as coisas correrem solto, facilitando para ele mais uma vez. Olha, eu não me lembro dele ter comprado absolutamente nada para o I. (nem um brinquedinho de plástico na 25 de março) desde que ele nasceu. São essas coisas que machucam uma mãe. A sorte é que o I. é muito pequeno ainda e não entende, alias honestamente, acho que ele nem reconheceria o Caiçara como "pai", ele não sabe o que é isso. Então ele não sofre...ainda. E no que depender de mim não sofrerá, também posso ser muito doida, conto uma história linda de amor para o I. e como o pai dele morreu salvando uma velhinha de um incêndio, volto para os USA e ponto final. Caiçara enterrado.




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