domingo, 23 de junho de 2013

Sonho...não, pesadelo mesmo


Ola meus queridos(as)

Acordei no meio da madrugada suando frio, coração acelerado de um sonho horrível! Parecia tão real...  consegui me acalmar (é só um sonho), voltei a dormir (demorou um pouco) mas acordei com alguns fragmentos deste sonho. Ao longo da manhã eles foram se dispersando, mas algumas sensações ficaram. 

É meus queridos, tive um pesadelo com a tão assustadora e temida recaída. Como nada é muito linear ou específico quando sonhamos, vou (inutilmente) tentar descrever da melhor forma possível. Estávamos num hotel maravilhoso, nós três juntos (eu, o Caiçara e o I.), não era nenhum lugar que eu conheça na realidade (talvez uma mistura de vários que já estive hospedada), e de repente ele sumiu! E lá estou eu batendo numa casinha de madeira caindo aos pedaços, ninguém atende; uma pessoa estranha passa na rua e avisa que eles só vendem pedra a noite; eu digo que não estou querendo comprar nada mas procurando uma pessoa pois eu sabia que ele estava lá... (engraçado, na vida real eu nunca foi atrás dele em lugar nenhum, nem quando ele sumia dias; talvez porque eu nem soubesse por onde começar a procurar ou simplesmente porque tenho medo de biqueira e seu ar soturno, perigoso... além de que não falo a "língua" deles, não tenho cara de maluca e poderia acabar levando um tiro se eles achassem que sou da polícia). Próxima cena, estamos numa delegacia, ele esta lá totalmente drogado (também, só o vi doidão de crack uma única vez na minha vida, e foi o suficiente; aquele olhar vidrado mas vazio ao mesmo tempo nunca mais quero ver), várias outras pessoas opinando sobre o que eu deveria fazer; eu enlouquecida dizendo que ele nunca mais vai ver o meu filho, vou entrar na justiça e a frase que eu lembro pronunciar inúmeras vezes: Vamos ver quem pode mais. Chega né? Neste momento eu acordei...ufa!

É só um sonho, mas diz algumas coisas importantes. Não vou fazer uma apologia ao subconsciente e toda a teoria freudiana mas ele existe, e se manifesta quando nosso superego "adormece", baixamos a guarda e mensagens, as vezes mais explícitas outras mais subliminares, são superficializadas.  Não tenho nenhuma bagagem teória para me aprofundar neste tema (li a "Interpretação dos Sonhos" de Freud há muitos anos atrás e é isso apenas), mas o que entendo dessa elaboração oníria? Ninguém precisa ser psiquiatra, meio óbvio: é medo e raiva! Misturado com minha tradicional prepotência ("vamos ver quem pode mais" diz exatamente isso; vai bater de frente comigo se prepare, pois ninguém pode mais que eu). 

E essa raiva inconsciente? Surgiu no sonho para me lembrar que nem tudo que eu deveria ter trabalhado dentro de mim já esta resolvido, que eu racionalmente não sentir mais raiva (porque eu controlo) não significa que ela ainda não esteja lá, escondida naquelas gavetas que a gente não quer abrir; e ai junta o medo de abrir as gavetas também. O que fazer então? Aceitar minha limitação. Eu tenho medo que ele recaia, mas eu também tenho medo de ser assaltada e nem por isso me deixo ser afetada por esse medo e saio na rua todo dia sem pensar nisso (claro que não passeio na Vila Ângela as 3 da manhã de carro) ... Preciso utilizar a mesma técnica, conscientemente vem dando certo mas lá nas profundezas do subconsciente, ainda não! 

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