sexta-feira, 28 de junho de 2013

Nada depende do tempo


Ola meus queridos(as)

Ufa, agora sim! Sexta a noite, filho dormindo no berço, trabalho em dia, cervejinha, musiquinha e aquela sensação de missão cumprida (só por hoje né?). E como sou de sagitário, vou filosofar.... 

Lembro-me de um professor de bioquímica uruguaio que tive na faculdade, até cheguei a fazer estágio no seu laboratório quando ainda me deslumbrava com o DNA mitocondrial dos quelônios. Isso foi antes de eu ser salva pela oceanografia física e suas belas equações de vorticidade e dizer bye bye a biologia. Ainda ecoa nas minhas memórias aquele sotaque portenho, fosfolipídeos soava algo como fófolipídeos... sua primeira aula, ele entra na sala em silêncio e escreve na lousa (pois é, sou do tempo que existia lousa e giz, eu mesmo dei muita aula assim, minhas mãos eram brancas de tanto pó de giz): O que es la vida? Claro que sua proposta com essa pergunta era nos levar a uma definição do que é a vida sobre a luz da abordagem evolucionista darwiniana, resumindo como classificar o que é vida e quando a vida "surgiu"? Uma cadeia de aminoácidos é viva? Na minha simplista visão estar vivo implica em ter um prazo de validade, morrer... o velho ditado popular: para morrer basta estar vivo. Uma cadeia de aminoácidos morre? Não sei. Uma rocha magmática morre? Não, ai ficou fácil.

Porém dentro de uma ótica físico-química, a lei da conservação de massas (mais conhecida como lei de Lavoisier, 1760) nos diz que dentro de um sistema, nunca se cria nem elimina matéria, apenas é possível transformá-la de uma forma para outra. De uma forma um pouco mais elaborada e recente, a própria conservação de energia nos modelos mais modernos na física, como a mecânica quântica. Não vou ficar divagando sobre o histórico da primeira lei da termodinâmica muito menos da conservação de energia da mecânica clássica (todas essas consequências do lindíssimo Teorema de Noether, sem entrar nos conceitos matemáticos necessários para realmente ver a beleza de tal teorema como difeomorfismos de um sistema Lagrangeano e grupos uniparamêtricos entre outros). Trocando em miúdos, o que esse teorema estabelece é que " Nada depende do tempo, por si só". E chegamos a teoria da relatividade, aonde Einstein nos deixa um legado não apenas na concepção espaço-tempo (entre outras) mas questionamentos filosóficos também. O tempo é apenas um vector neste sistema métrico riemanniano  quadrimensional. Trocando em miúdos: anda para frente, para trás, para os lados, para cima, para baixo, em círculos, em espiral e outras figuras geométricas! O tempo torna-se um eixo neste sistema quadrimensional. 

Percebi que perdi metade dos meus queridos amigos(as) que leêm essas melecas que escrevo agora! Voltando, o que é a vida? Segundo EU, que disse que para estar vivo a condição é deixar de existir um dia (morrer) , o que implica na passagem do tempo, dentro desta abordagem relativista você não deixa de existir, nem de nascer, nem de morrer, nem de crescer... nunca e sempre, pois o tempo é relativo (apenas um eixo num sistema métrico). E a massa/energia é conservada!

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