quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Aaaaaa... o amor


São Paulo, 1 de Janeiro de 2013

Querido Caiçara,

Chegou...2013 esta aqui. O que mudou de ontem (2012) para hoje (2013), tirando uns kilos a mais na balança, uma noite mau dormida pela queima de fogos madrugada à dentro, nada. Porém tenho 365 dias pela frente de escolhas, e depois da nossa conversa no telefone, pela primeira vez em muito tempo, desliguei tranquila...fiquei feliz em escutar você, em você ter me escutado; sinto que nossa comunicação esta melhorando. Bom começo de ano!

Por mais curto que tenha sido nossa conversa, senti você muito comprometido, forte nas suas decisões e enfrentando os obstáculos, pedindo ajuda, ajudando quando pode e crescendo como pessoa. Ganhei meu presente de final de ano! Meu querido, não ache que não vejo o seu lado, claro que não estou no seu lugar, não sinto a sua dor, não enfrento os seus denômios mas sei o quão difícil esta sendo para você estar aonde você esta...subindo um degrau de cada vez, vendo pessoas tropeçando, ficando para trás nesta escalada, que requer muito esforço. E a vontade que dá de simplesmente desistir...Neste meio todo, vejo você prevalecer firme nas suas decisões, e isso também me ajuda a fortalecer as minhas e caminhar ao seu lado. Se as vezes você sente um distanciamento meu, é para o nosso bem; a sua recuperação e (olha que maluco) a minha também! Não percebendo acabei sendo envolvida em tudo isso, e preciso apreender a não ser responsável pelas suas escolhas, não controlar a sua vida, não me culpar, e humildemente aceitar que não tenho a cura para nada (adicção, AIDS ou a ignorância do mundo). Quando entendemos uma coisa tão simples como essa, o peso levanta-se dos nossos ombros, é até mais fácil respirar. Viva e deixe viver, é o lema do dia!!! O que eu posso fazer é viver a minha vida, não a sua...e esperar que possamos viver nossas vidas juntos novamente; com respeito, amor, carinho e cumplicidade reconstruindo nosso espaço, reunindo nossas almas que procuram incansavelmente uma pela outra. E ficam incompletas...sozinhas. Estranho essa ligação que temos, sempre tivemos desde da primeira vez que nos vimos; gostaria de aceitar que as coisas não são apenas o resultado de uma sequência de acasos; elas acontecem por uma razão (mas qual?). Não posso negar, que mesmo inconscientemente procuro você dentro e fora de mim. E dói olhar o I., que cada dia mais parece com você. Sem perceber acabo chamando a atenção dele e sai um Caiçara não morde! Como pode essa transferência? Como tentar me desligar de você se cada vez que olho nosso pequeno lá esta você sorrindo para mim? É “foda” para mim ter este pedacinho de você andando pela casa diariamente lembrando o quanto sinto sua falta...por favor, tente entender meu lado também (pronto comecei a chorar que saco...). Tenho vontade de simplesmente pegar o primeiro avião e sumir, voltar para os USA, mas como? Se o I. estará sempre do meu lado lembrando que você existe? Impossível (já descartei essa possibilidade apesar de ter ponderado seriamente).

O amor que sinto por você, por mais que eu utilize a lógica, abrace a razão; não se explica. No fundo amor é isso, ou você sente ou você não sente! E eu sinto demais! Mesmo quando o resto do mundo diz que este amor não faz sentindo....porque não faz mesmo, mas eu te amo! Só não vou ficar aprisionada neste amor, ele precisa crescer, dar frutos, ser tudo que este amor pode ser...e não depende de mim. Como coloquei anteriormente, esta planta não será regada só por mim, somos nós dois responsáveis por ela, senão ela morre...Meu amor, regue nossa plantinha também pois estou cansada de cuidar dela sozinha. Olha, até já transplantei de vaso, coloquei uma terra adubada novinha, mas nem todos os dias eu posso rega-la. Preciso de ajuda!

Enfim, amor da minha vida, SEJA o amor da minha vida! Sinto sua falta, seu carinho, seu cheiro, seu abraço, seu beijo (opa, agora vão censurar a carta...hahaha), sinto falta de fazer amor com você esquecendo as horas...deixando a noite nos abraçar.
Sua sempre, Don Barriga

Nenhum comentário:

Postar um comentário