sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Ampulheta


Ola meus queridos(as)

Feriadão em casa! Nem pensei em descer para praia por inúmeras razões; primeiro eu li o jornal (só 309 Km de congestionamento, 6 horas para sair de Sampa e chegar na baixada santista, obrigado, não renovei minha carteirinha da FUNAI faz uns bons anos, indiada foi-se o tempo), segundo amanhã tenho reunião de distrito do Nar-Anon, terceiro domingo é a visita e quarto, amo a praia MAS não quando ela esta cheia de farofa, sujeira e bóia de pneu. Lembro que quando chegava o final do ano, ficava meio triste em ver o que nossa cidade tão querida se tornava... um caos. 

Como a visita é no domingo, o Roberto (do sítio) me ligou, oba meu celular ressuscitou! E meu dedão do pé esta bem melhor, ando mancando um pouco ainda mas pronta para outra topada! Desde sábado passado, quando falei com o Caiçara no telefone, não tive mais contato com ninguém, não consegui ir no ambulatório para os familiares na quarta (pois não conseguia andar) e nem ligue (pois meu celular estava em coma afogado até hoje). Notícias não das melhores, parece que voltou a estaca zero... bom, zero não mais regrediu no tratamento. Parou de ir nas reuniões, saiu da cozinha e voltou para o casulo.  E apenas vê os outros (sempre comparando fulano com ele) mais uma vez esquecendo o propósito dele estar lá... que é focar NELE! Fazer essa viagem interior (não exterior)... Fechando um mês de tratamento, honestamente não sei em que estágio ele se encontra. Como não conversei com a psicóloga, nem os terapeutas e muito menos com ele não vou achar nada. E também não vou ligar para ninguém em pleno feriadão, né? Domingo conversamos e tiro minhas próprias conclusões, se é que cabe a mim isso. As vezes me questiono isso, claro que eu conheço o Caiçara, claro que tenho uma bagagem considerável no assunto dependência química, claro que tenho o conhecimento prático do dia a dia e a vivência dos grupos  MAS nada formal, não sou terapeuta ou psicóloga especializada em DQ; será que acabo me metendo aonde não deveria? Ficar "analisando" o comportamento do Caiçara não é o meu papel, eita codependência que gruda na gente........................................sai. 

Enfim meus queridos, como sempre vou de coração aberto, apenas querendo matar um pouco a saudade dele, passar um tempo com a pessoa que amo mas sabendo que, talvez, desta vez não tenha cachoeira! E tudo bem também... Apreendi a dar valor ao que tem para hoje.

Essa dinâmica é muito complexa, e como sempre digo, não tem receita de bolo. A recuperação é muito pessoal e única de cada um, e no momento de cada um... Ele, meu Caiçara, sabe que sua ampulheta esta se esgotando, a areia corre por ela sem piedade, o tempo esta se esgotando; e ele sabe disso. Eu sei disso... pois não acredito mais em papai noel! 

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