sábado, 12 de setembro de 2015

É isso mesmo?


Ola meus queridos(as)

Nós viemos à esse mundo para trabalhar? Desde que nascemos, somos doutrinados a "sermos alguém", termos um bom trabalho, ganhar dinheiro e blablabla... Quantos de nós realmente temos prazer no que fazemos? Bom, eu não posso reclamar; gosto do que faço, e não sou escrava do trabalho, alias tenho o privilégio de escolher o que quero fazer e o que não quero (apesar de que agora, dando aula... não sei, universidade particular paga bem MESMO; e se você perguntar se eu adoro dar aula para 100 pessoas almejando um diploma em engenharia, e nada mais, pois apreender que é bom... nem metade destes 100). Mas é temporário, eu me conheço, daqui a pouco chuto o balde e volto ao meu esquema consultoria (se a crise passar e a Dilma parar de meter no nosso cú...). 

Mas enfim, a pergunta é essa. Quantos de nós somos escravos do trabalho? O trabalho deveria nos engrandecer e não nos escravizar.. Olha que engraçado, você trabalha de segunda a sexta sei lá eu quantas horas, e com sorte tem o sábado e o domingo de folga, e nestes dias você faz o que? Vai gastar o dinheiro que acumulou com o seu trabalho suado a semana inteira... Faz algum sentindo isso? Sei lá, na nossa sociedade capitalista faz e MUITO. Pois o seu valor não é quem você é, mas o que você tem. Não estou aqui levantando nenhuma bandeira anarquista/comunista... longe disso, apenas uma reflexão, acho importantíssimo nos sentirmos produtivos, criativos e FELIZES neste processo; mas infelizmente, a grande maioria das pessoas sendo espremidas como sardinhas no metro as 6 da tarde voltando do trabalho, não têm semblantes muito felizes... estão esgotadas, exaustas, mau humoradas. Provavelmente, chegarão nas suas casas de saco cheio, chutando o cachorro, mau olhando na cara do filho querendo atenção, xingando o chefe e reclamando da janta na mesa (que a mulher cozinhou aos trancos e barrancos, porque ela também acabou de chegar do trabalho). É isso mesmo que nós viemos fazer neste mundo? 

Será que não existe um meio termo? Será que não é o momento de voltarmos um pouco para trás, e dar valor para as coisas mais preciosas nesta vida que dinheiro nenhum no mundo compra? Talvez nos distanciamos tanto que não há volta, talvez uma enorme ruptura social seja necessária, talvez uma catástrofe climática nos envie de volta a idade da pedra...(acho improvável, temos tecnologia suficiente para nos adaptarmos)... Mas que seria interessante um gigante meteoro colidir com a Terra e colapsar toda nossa sociedade, seria. Será que nos adaptaríamos a "terra" novamente ou seríamos extintos como os dinossauros? 

Um comentário:

  1. Realmente precisamos encontrar um meio termo...gosto muito da visão da Antroposofia, acho que esse texto diz mais ou menos sobre nossa reflexão:

    "Um lema devem os homens empunhar, caso contrário não haverá progresso em nossos tempos: Procurem a vida realmente prática e material, mas procurem-na de modo que ela não os torne insensíveis ao espírito que nela atua. Procurem o espírito, mas não o procurem com volúpia metafísica, por egoísmo metafísico; Procurem-no por quererem usá-lo desinteressadamente na vida prática, no mundo material. Observem o velho ditado " espírito nunca sem matéria, matéria nunca sem espírito" de modo a poderem dizer: queremos realizar toda ação material à luz do espírito, e queremos procurar a luz do espírito de modo tal que ela nos desenvolva calor para nossa ação prática. O espírito que por nós é conduzido à matéria, a matéria que por nós é trabalhada até sua revelação , pela qual ela extrai de si própria o espírito; a matéria que tem seu espírito revelado por nós; o espírito que por nós é tangido para a matéria; ambos formam aquele existir vivo, capaz de levar a humanidade a um progresso real, aquele progresso que só pode ser almejado pelas melhores esperanças nos mais profundos recônditos das almas na atualidade."

    Rudolf Steiner

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