quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Pouca fé?


Ola meus queridos(as)

Ainda estou digerindo os últimos acontecimentos, claro que ele ligou, acabei atendendo e mais uma vez fui desagradável e mandei todos eles irem fazer uma gigante terapia familiar, com direito a psiquiatra, remédio tarja preta, internação e sei lá eu mais o que for necessário para estacionar essa insanidade coletiva.

Mais uma vez escutei ele dizendo que sua recuperação é tudo, que será um pai para o I. e blablabla... a questão é que, eu não acredito mais; ao ponto de realmente ser sarcástica... pode parecer cruel, mas eu não tenho fé nenhuma que algum dia ele finalmente entrará em recuperação e passará o resto da sua vida limpo e sereno. Mas o que eu acho ou acredito é irrelevante para o resto do mundo (importa apenas para mim), e espero de coração estar errada; só o tempo dirá. Não consigo mais nem "fingir" que acredito na sua recuperação... tanto que desta vez fiquei mais puta com a prepotência da irmã dele em me "culpar" e se ver no direito de me ligar gritando do que a recaída dele em si. Recaiu? É mesmo, pois é... nada de novo (sério, estou bem assim). Antigamente, quando ele recaia eu até me preocupava, me importava, tentava ser assertiva... hoje, foda-se. 

Gostaria de poder dizer à vocês que acredito na recuperação de qualquer pessoa, toda nossa filosofia Nar-Anon... não mais, porém, por favor, cada um é cada um; e o que retrato aqui é apenas a minha vivência, as minhas experiências. Talvez a minha fé seja pequena, talvez minha racionalidade me impeça de acreditar no sobrenatural e em milagres... Talvez, todos esses anos foram minando minhas esperanças de vê-lo inteiro, saudável, pleno e livre das drogas. 

É muito triste isso que vou confessar, não tenho bola de cristal, não sou juiz para sentenciar ninguém, mas ele vai morrer escravo das drogas... Pode demorar, pode não demorar...

Espero que me prove o contrário, pois não desejo essa vida para ninguém, muito menos para o pai do meu filho.

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