sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Revolução tecnológica


Ola meus queridos(as)

Sexta feira, solzinho esquentando a tarde... que venha o final de semana, estou pronta! Não sou de planejar muito, mas esta na lista: visitar a minha irmã e o baby (estou devendo e muito), ajudar a minha mãe com a maratona compras e últimos preparos (ela esta indo viajar para a Europa semana que vêm) e levar o I. no Sesc pompéia (exposição Mais de mil brinquedos para a criança brasilelira). Tá bom né? Alias o que aconteceu com os velhos e bons brinquedos educativos, aqueles de madeira (e não de plástico)? Quer me deixar maluca é dar de presente para o I. uma dessas geringonças barulhentas, cheias de luzinha. Ele ganhou uma dessas baterias eletrônicas (de brinquedo), com vários sons, luzes coloridas piscando... uma poluição sonora e visual (a sensação que você têm é que esta numa rave)! O que esta de errado com o velho e bom tamborzinho? 

Outro dia também fiquei pasma, minha mãe deu de presente para ele um livrinho com a estória dos três porquinhos MAS, você aperta o botão e surge uma voz narrando a estória. O próprio livro é auto lido! Quando, simplesmente paramos de ler para os pequenos? Esta todo mundo tão enlouquecido, com tanta pressa que não tem tempo de desacelerar meia hora e ler uma estória? Não, a gente joga o livro na mão da criança e ela fica apertando os botões e pronto, estória contada! Não sei se sou só eu que acho tudo isso extremamente prejudicial para o desenvolvimento infantil, ou brincar de carrinho de rolimã foi extinto mesmo.

Por incrível que pareça (mesmo criada em Sampa), sou da época que a gente brincava na rua! Tinhamos a turminha, os vizinhos, brincávamos de esconde-esconde, jogávamos queimada, taco, subíamos nas árvores; os moradores da rua se juntavam e todo ano tinha festa junina com direito a fogueira e tudo mais. Lembro do terreno baldio do lado de casa (meus pais compraram depois e fizeram a piscina), talvez o último terreno baldio da Vila Madalena aonde brincávamos de guerra de mamona! Ninguém mais nem sabe o que é isso...

Não sou saudosista, eram outros tempos; não tínhamos internet (alias nem computador, eu deveria ter uns 12 anos quando meu pai comprou um Comodoro 64 que nem sistema operacional tinha instalado na Winchester (que OS no HD, tá dóido?), inicializava no disquete mesmo! Ele tinha 64 kB de memória RAM, preste bem atenção kB! Hoje meu Mac tem 8GB e eu reclamo! Só para ilustrar:
1 GB = 1048576 kB, logo meu Mac tem 8388128 kB e o meu tão querido Comodoro 64kB. Celular? Quando era adolescente meu pai trouxe um tijolo da Motorola dos USA, a bateria durava nem 2 horas mas era o máximo!!!!! O que podia ser mais louco do que um telefone que funcionava em qualquer lugar, sem fio! TV a cabo? Só fui ter mesmo uma quando me mudei para os USA, e hoje, você assina por $50 e tem 200 canais do mundo inteiro na sua casa. Viajar de avião? Além de ser extremamente caro, era uma logística trabalhosa; hoje você viaja de avião como anda de carro.

Enfim, a revolução tecnológica caminha numa progressão geométrica e as vezes fico me questionando, daqui a 10 anos, qual será o grande salto? Vamos nos teletransportar? Um chip implantado no cérebro, assim estaremos "online" 24 horas? A única coisa que eu sei é que o I. tem 2 aninhos e já pega o meu iPad, procura o seus joguinhos sozinho com a maior familiaridade do mundo e isso, as vezes, me assusta! 


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