quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O balão esvaziou (um pouquinho)


Ola meus queridos(as)

Ontem percebi o quanto ainda sou intolerante com algumas pessoas, e não consigo sentir compaixão. Pelo contrário, acabo me incomodando ao ponto de ficar olhando no relógio a cada 5 segundos e maquinando desculpas para simplesmente sair correndo. Como toda quarta, lá fui eu para o tal do ambulatório com os familiares, desta vez o Ale não estava, apenas os dois terapeutas (uh..vou ter que arrumar uns nomes para eles também, ela, 18 anos limpa será a Dani e o que eu acho um fofo, Santos (já que ele é de Santos...eu e os caiçaras...deve ser patológico mesmo! Caiçara adicto então, NÃO me apresentem...). A senhora dos outros dias não estava, mas foi bem substituída por outra dez vezes pior! 

Logo quando cheguei a Dani disse que ficou sabendo que eu queria falar com ela, relatei as impressões que tive do Caiçara na ligação uns dias atrás, ela olhou para mim com aquela cara de esfinge e falou, você percebeu tudo isso em 20 minutos de ligação? Bom, 20 minutos de ligação e uns anos de adição nas costas...Eita, a abstinência bateu feito, segundo ela, oscilando muito, abandonou a cozinha (seu xodó), agressividade e se indispôs com alguns outros internos. Estratégia, passar num psiquiatra, fazer uma avaliação e, segundo sua experiência, medicar neste momento. Por mim, o que for necessário, discussão importante como abordar isso com o Caiçara (ele relutou muito no passado a fazer uma consulta num psiquiatra) e primeira intromissão externa da "menina" (que eu nunca tinha visto mais gorda até então, alias socorro, piriquete é pouco para ela). Ignorei, continuamos conversando qual a melhor estratégia, mais outro comentário infeliz da "infeliz"; outros familiares já se constrangendo, encerrei a conversa com a Dani, depois eu te ligo. 

E ai meus queridos, meu ouvido foi feito de penico por quase 2 horas... Resumo da ópera, mãe (do Nar-Anon, graças a Deus alias companheira de serviço, conheço ela de outros "carnavais"), avó e a menina "namorada", internou o filho semana passada. Avó estátua, mãe querendo maiores detalhes práticos da internação e namorada surtando. No intervalo, a mãe e a avó foram embora, ai a coisa ficou feia! Foi tão constrangedor, a Dani e o Santos tentando contornar a situação da melhor forma, mas não deu... só ela falava e falava, até que surpresa, ela é adicta dos pés a cabeça. Parecia que eu estava no NA (não mentira, no NA os companheiros se respeitam e MUITO), ela atropelava mesmo, três/quarto dias na ativa total com ele, era contra ele se internar, relação mega tóxica com direito a ligações no meio da madrugada...Olha, desculpe mas nós, os familiares não estavamos lá para isso. As outras duas pessoas que simplesmente não conseguiram expressar nada, aguentaram bravamente, até que eram quase 10 da noite, me desculpei pois precisava ir embora; rapidamente elas embarcaram também e fomos embora, deixando a Dani e o Santos com a "menina" em surto psicótico! 

Confesso que sai carregadíssima, arrastando meus pés, como se eu pesasse 100 kilos... e me questionando o porque estava me sentindo tão mal? Porque deixei essa situação me afetar tanto? Não sei, nestes últimos dias estava tão transbordando de esperança, fé e amor. Acredito piamente na recuperacão mas ai... presencio esses comportamentos insanos, e meu balão dá uma murchada sabe? 

3 comentários:

  1. bora encher o balão...só por hoje...bjus

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  2. To soprando amiga, to soprando...ótimo final de semana! Beijos

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  3. Não era (tpm) se for justificável.rsrsrsrsrsrsr lembrei outro dia falou isso para alguém não sei se não foi pra mim memsma kkkkkk,é assim mesmo Dinda,temos nossas recaídas espirituias né?Enche o balão,coloca o balde de pé e Simbora.Bjus!

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