segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Quebrei meu anonimato


Ola meus queridos(as)

Surpresas de uma segunda feira... hoje tivemos uma reunião com todos os analistas ambientais envolvidos num projeto temático de grade porte que será submetido como MDL (mecanismo de desenvolvimento limpo) no mercado regulatório de carbono (ou de Kyoto, como chamamos). Estamos todos muito empolgados com a possibilidade de jogar no mercado algo em tordo de 250/300 mil créditos por ano (é grande gente, o maior que estive envolvida creditada ai uns 100/150 mil no máximo). Não só pelo retorno financeiro, mas ambiental mesmo... são 250/300 mil toneladas de gases de efeito estufa deixando de ser emitidas por ano, por um ciclo inicial de 7 anos, podendo ser prorrogado por mais dois ciclos; ou seja são 21 anos! Faz as contas! O planeta agradece... 

É sempre bacana reunir todo mundo, moramos em diferentes cidade e até países (nossa sede é nos USA), trabalhamos muito em casa (home office, a tendência do futuro) e pouco nos vemos (só nos video chats) em carne e osso! Mas enfim, se algum dia eu me empolgar faço um blog específico abordando sustentabilidade. Por que estou escrevendo tudo isso? Porque, por mais que eu saiba que as drogas estam ai em todo lugar, em todas as esferas da sociedade, ingenuamente achei que não entre nós na empresa... 

Conheci ela (matemática genial, currículo impecável, PhD no exterior e blablabla) alguns meses atrás, ela mora no Rio e colaboramos em outros projetos. Sempre achei ela uma pessoa engraçada, inteligentíssima, cheia de vida. Saimos para almoçar algumas vezes, é casada com um economista americano, o único filho esta estudando nos USA e até ai a família bem sucedida! Imagem... como a gente vive de imagens né? Achei ela bem abatida, meio pálida, meio sem vida mas muito agitada, inquieta. Até ai, nem sempre a gente acorda do lado certo da cama, e ela é mais uma conhecida que uma amiga na qual eu tivesse liberdade de chegar junto e perguntar o que se passava. 

Tudo isso mudou quando, no intervalo entre uma reunião e outra entrei no banheiro e dei de cara com ela cheirando uma carreira na pia (ela achou que tinha trancado a porta, quase infartou quando me viu lá dentro). Momento "totalmente sem saber o que fazer"... até parecia que eu tinha pego duas pessoas transando no banheiro. Mas ela decidiu por mim e começou a chorar compulsivamente, e eu só consegui abraça-la. Disse que não aguentava mais, que seu marido também usava (e muita) cocaína, graças a Deus que o filho não esta no país para ver isso... culpa, compulsão, desespero. O quão desgastante era manter essa vida "dupla". E foi assim que quebrei meu anonimato e estendi a mão para uma pessoa inesperadamente! 

3 comentários:

  1. 12 passo amiga...emocionante ver como o PS age nas nossas vidas...bons momentos te amo

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  2. Quando quebramos assim, pra ajudar alguem, vale a pena!

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  3. Vale, mas confesso que fiquei com o cú na mão na hora! Que sinuca de bico! Totalmente sem reação, quase fechei a porta e pedi desculpas... Ah, hoje ela me ligou, ela e o marido vão se internar num CT por 6 meses; mas esta apreensiva em como contar pro filho. Delicadíssimo...Super beijos

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