sábado, 29 de março de 2014

Intolerância


Ola meus queridos(as)

Eu sou uma pessoa intolerante, nada muito novo ai mas, assumir para você mesmo, se olhar no espelho e dizer em alto e bom tom "sou intolerante" não é fácil. Mas algumas facetas da minha intolerância eu não tenho a mínima vontade ou necessidade de mudar, sou intolerante com fanatismo, sou intolerante com ignorância, sou intolerante com violência infantil, sou intolerante com racismo, sou intolerante com  escravidão (pois é em pleno século XXI ainda temos seres humanos literalmente escravizados) e sou intolerante com pessoas que envenenam bichos inocentes! Essa foi a última... Quem foi a vítima da vez? Princesa... a gatinha da minha mãe que amava deus e todo mundo, aguentava bravamente os ataques de carinho do I. puxando o rabo, espremendo, amassando, apavorando; e ela sempre um doce, nunca nem uma arranhada (no máximo um miado mais agudo, pedido de socorro). Quem era a Princesa? Um gatinha fofa, doce, carinhosa, carente, que ficava roçando na sua perna, deitava no seu colo, e por mais que você trancasse a casa inteira ela achava um jeito de entrar e dormir no sofá da sala... ou no berço do seu filho. Como ela surgiu? Como 90% por gatos aqui, do nada, caiu de para-quedas; mas essa veio do litoral. Era caiçara... 

Já estava de mudança para São Paulo, na época tínhamos o Drago (o melhor cachorro/amigo da face da Terra, outro dia faço um post sobre ele, alias um seria pouco, mil não seriam suficientes) e a Mingau (nossa gatinha resgatada  entre as tripas de peixes no portinho de Peruíbe que mais parecia um rato, e se tornou parte da família), quando a Princesa apareceu do nada no nosso quintal. Nem o Drago e seus 80kg a afugentaram, nem a Mingau e seu territorialismo a afugentaram; mas como levar mais um bicho (estava voltando para casa da minha mãe, com seus já 8 gatos, mais ou menos...perco a conta as vezes)? Não, sem chances, mas fui dando comida, sai andando por todo lugar perguntando se alguém perdeu uma gatinha vira-lata e nada (mas ela foi de alguém, pois quando fomos castrá-la o veterinário disse que ela já era castrada, pior então, ela foi abandonada, e mesmo assim só tinha amor e carinho para dar)... No dia da mudança, entre caixas e caixas (o Drago já tinha subido a serra de taxi dog, vai enfiar um Mastiff Inglês no porta malas do carro, não é legal; e a Mingau no seu carrier), a Princesa aparece e minha mãe, que estava me ajudando na mudança não aguentou, saiu correndo, comprou uma caixinha de transporte e assim a Princesa se mudou também! De todos nós, ela foi a que se adaptou mais rapidamente, para ela tudo sempre estava bom... E assim foi até ontem, quando um filho da puta deixou veneno no lixo (é, foi um acidente, uma das casas da rua foi detetizada e provavelmente, sobrou algo indevidamente jogado no lixo da rua, alias temos toda uma legislação HOJE sobre disposição de resíduos sólidos, tóxicos ou não), e ela comeu e morreu envenenada. 

Então sim, continuo sendo intolerante com pessoas negligentes e ignorantes pois as consequências dessa negligência e ignorância são enormes, e hoje custaram a vida de uma criatura que só trazia alegria a todos nós. 

Então sim continuo sendo intolerante com pessoas negligentes e ignorantes que quase custaram minha relação com o Caiçara... Então sim, continuo sendo intolerante com pessoas negligentes e ignorantes que fazem deste mundo um lugar pior.




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