domingo, 30 de agosto de 2015

iPad


Ola meus queridos(as)

Domingão tranquilo, encontro do clã no clube, meu pai, irmão (acho que nunca mencionei mas tenho um meio irmão na faculdade, é do segundo casamento do meu pai; um fofo mas não temos muito contato), minha irmã com o marido e os meus dois sobrinhos e o I. literalmente tocando fogo! As vezes é complicado, ele queria porque queria ir na piscina, não dá I. você esta com otite... senão vai piorar, e semana que vem não tem natação... ele entendeu? Claro que não, e quando ele se jogou no chão pela décima vez chamei um taxi, quis cavar um buraco (enquanto meus dois sobrinhos, um de três e outro de sete anos simplesmente sentadinhos, fixados nos seus respectivos iPads, comportados mas em outro mundo) e sai correndo! Deveria ter levado o iPad também? Que meleca... não sei. 

Por algum tempo controlamos a situação, eu e meu super pai revezando os turnos olhando ele no parquinho, enquanto eu terminava meu badejo ao molho de ervas, meu pai balançava o I.; enquanto meu pai devorava a rabada com agrião (não, meu pai não faz o gênero light MESMO) eu segurava o I. no trepa-trepa... e assim conseguimos sobreviver algumas horas, e até tomar umas cerveja.

Mas porque estou escrevendo tudo isso? É apenas uma reflexão, domingo no clube é dia das famílias; 80% das crianças que não estavam na piscina, ou estavam devidamente sentadas com seus iPads ou iPhones no restaurante, ou estavam dormindo num carrinho de bebê. Observei meu sobrinho mais velho, assim que terminou de comer, devidamente assessorado pela minha irmã, ligou o iPad e não soltou mais... não deu mais uma palavra, não interagiu com mais ninguém; poderia estar no sofá de casa ou no Tibet, não faria a mínima diferença. 

Sei que o I. esta fora da curva, senão não pagaríamos uma micro fortuna de psicóloga, né? Mas são nestes momentos que me questiono. Claro que o caminho mais fácil é levar o iPad, colocar num joguinho qualquer e tranquilamente almoçar, sem me preocupar se ele esta sentando ali do nosso lado ou em Marte. É o mais fácil... é o certo? 

Resumindo, o certo é sempre mais difícil... e precisamos estar preparadas para chamar um taxi e sair correndo a qualquer momento quando passar do limite, e você estiver beirando a insanidade pois sua paciência acabou!

P.S: Não tem fórmula mágica, mas ainda prefiro que o I. toque o puteiro, me tirando do sério e ESTAR presente do que ficar sentando como um robô, alienado, simplesmente interessado numa tela touch screen enquanto tanta VIDA acontece ao redor dele.



Nenhum comentário:

Postar um comentário