segunda-feira, 13 de julho de 2015

Domingo no parque


Ola meus queridos(as)

Lembrei daquela música maravilhosa do Gil, de 1967, se não estou enganada ficou em segundo lugar no festival dos festivais da record (claro que eu ainda não era nem nascida), quem ganhou foi Ponteio (Edu Lobo, divino), alias que festival! Chico com Roda Vida, Caetano com Alegria, Alegria... 

Tivemos um domingo no parque ontem, não com o final trágico da música do Gil (se não estou enganada, ele cantou junto com os Mutantes); mas tranquilo, o I. brincou com outras crianças (o que é meio inédito pois normalmente ele não interage e fica na dele), conversei com outras mães sobre comportamentos, rotina, escola etc... (o que é bom, pois tirando uma super mega amiga da praia, todas as minhas outras amigas ou não tem filhos ou eles já são adolescentes ou estam na faculdade)! É a realidade das mulheres da minha faixa etária, claro que não estou generalizando; mas grande parte da minha geração foi estudar, faculdade, pós-graduação, até casaram (inclusive eu) mas filhos era algo "fora dos planos"... ou "eram parte dos planos"e foram concebidos antes da pós-graduação!

É no mínimo curioso, quase um experimento, observar o quanto o I. esta mudando ultimamente, nitidamente, de um dia para o outro com uma velocidade assustadora! Além de não caber em mais calça nenhuma no armário. Também sinto as mudanças em mim, o trabalho com a psicóloga esta sendo muito frutífero, como um farol... quando acho que estou me perdendo, lá esta o farol me direcionado novamente, sinalizando o caminho, e porque não dizer, me tranquilizado mesmo no meio das tempestades... É meus queridos, as tempestades ainda ocorrem, e provavelmente ocorrerão sempre. Antes, quando o céu começava a ficar escuro e cheio de nuvens eu entrava em pânico já antecipando a trovoada; hoje, eu não faço a previsão do tempo (mas se esta com uma "cara" meio suspeita, saiu de guarda chuva).

Sair com o I. era quase um tormento, é sério! Só de pensar que eu precisava ir no supermercado e ter que levá-lo comigo era stress, já via ele correndo pelos corredores enlouquecido, e eu desesperada atrás dele, enquanto perdia o carrinho de compras no setor hortifruti e o tênis dele nos congelados. Hoje é mais tranquilo, talvez uma combinação do fato dele estar maiorzinho e entendendo um pouco mais e eu menos ansiosa, mais firme, mais consistente e coerente na minha postura com ele. Um tempo atrás, também resolvi deixar meu "medinho" de lado e começar a sair com o I. sozinha, sem babá... gradualmente vamos "desmamando" da babá, hoje ela trabalha apenas alguns dias na semana e esta mais concentrada no serviço da casa e menos no I. Claro que antes de tomar essa decisão precisei levar uma chulapada de uma amiga (que também é mãe)...

Lá estávamos nós num preguiçoso almoço conversando sobre tudo e nada, e chegamos no assunto vacinas... Ela perguntou como era para o I. o dia da vacina, respondi, complicadíssimo ao ponto de eu sair da sala. Ela, mas quem segura ele? Eu, a babá. Mas mulher, num momento difícil no qual o I. precisa se sentir seguro, saber que você está lá você some e delega a responsabilidade para a babá? Pois é meus queridos, caiu como um raio na minha cabeça! A partir dessa conversa, tomei as rédeas da situação, assumi meu posto de "mãe" e não fujo mais. E o resultado de todo esse esforço resultou num tranquilo domingo no parque!


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