sexta-feira, 24 de julho de 2015

Como o conheci


Ola meus queridos(as)

Eu o conheci num final de tarde agradável, daqueles que você fica com vontade de estar ao ar livre tomando uma cerveja com os amigos.... e era bem isso que eu estava fazendo sentada no Pica Pau (alias se algum dia casarmos a festa será lá no boteco do Pica Pau) numa sexta feira de primavera à quase 5 anos atrás em Peruíbe. Tinha voltado recentemente dos USA, morando em Sampa e de saco cheio de tudo e todos (pensando em voltar para os USA ou morar no Vietnam), qualquer desculpa era desculpa para descer para praia; e assim comecei a passar meus finais de semana lá. Contando os minutos para chegar a sexta feira, enfiar meu chinelo de dedo no pé, e simplesmente descer a serra. Essa sexta não foi diferente, deixei minha mochila (bons tempos que era só eu e uma mochila) na nossa casa de praia, peguei a bicicleta, passei no supermercado e na volta encontrei uns amigos no Pica Pau e por lá fiquei. 

Não reparei nele sentado sozinho em outra mesa até que o M., músico maluco carioca, o convidou a sentar conosco. Ele sentou no outro extremo na nossa mesa, e eu continuei conversando com um amigo jornalista também maluco sobre as ocorrências de OVNIs no litoral sul paulista (pensando bem agora, que grupo de pessoas!), até que ele perguntou algo sobre aquecimento global tentando parecer "inteligente" e eu, finalmente tomei conhecimento da sua existência e total ignorância do assunto! E a professora baixou em mim, e ele provavelmente apreendeu mais sobre mudanças climáticas em 30 minutos do que na sua vida inteira. O tempo foi passando, as cervejas rolando, os amigos indo embora, a mesa diminuindo de tamanho; e comecei a achar que ele era, no mínimo, curioso... baixinho, cabelo escorrido tiguelinha (o I. herdou), caiçara, genuíno, inteligente, engraçado e assim resolvemos ir jogar sinuca juntos. Ele disse que precisava tomar um banho (tinha saído do trabalho na cozinha), emprestei minha bicicleta e fui andando até o São Nunca (nem existe mais) onde iríamos jogar sinuca. Não demorou muito ele voltou, e do nada, literalmente investiu todas as fichas e me deu um mega giga beijo na boca (anos depois ele me confessou que arriscou tudo, ou eu correspondia o beijo ou ele levava um tapa na cara, e estava pronto para qualquer um dos dois desfechos). Confesso também que fiquei surpresa, mas a química já estava instaurada, e assim que ele encostou em mim, peguei fogo e a sinuca ficou para outro dia! 

Chegamos na minha casa (que era perto), literalmente no cio, essa foi a noite que quebramos o sofá e vimos o dia amanhecer encharcados de suor... Quando amanheceu ele disse que precisava ir trabalhar e ligaria mais tarde, o levei até a porta, me joguei na cama e esqueci que ele existia de novo. Antes de capotar pensei, bom, não vou vê-lo mais MAS o cara é bom de cama... Até que antes do meio dia toca o maldito celular, era ele perguntando se eu não queria encontrá-lo mais tarde (pombas, não era para você ter ligado). Meio acordada, meio dormindo, e MUITO surpresa que ele ligou (pois o plano inicial na minha cabeça era começar e acabar naquela noite) disse que poderíamos jantar. 

Eu não estava interessada em me relacionar com ninguém, estava num momento da minha vida que simplesmente não queria nada, muito menos algo "sério" com alguém mas puxa, não custa nada repetir a dose né? Vou ficar na praia mais uns dias mesmos, e assim os dias viraram semanas, que viraram meses, que viraram anos... E foi assim que conheci o pai do meu filho!

Um comentário:

  1. As coisas mais marcantes das nossas vidas chegam de forma inesperada! A vida sempre nos surpreendendo...

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