quarta-feira, 9 de abril de 2014

Vender o terreno


Ola meus queridos(as)

Em pouco tempo a realidade bate a minha porta, serenidade no pé... aquela paz, aquele amor que trouxe da praia não subiu a serra. Confesso que não consegui coordenar nossa sala ontem, na verdade relutei comigo metade do dia, nem pedi para que minha mãe ficasse com o I., já resignada a não ir. Mas minha mãe chegou do nada (ela nem sabia que nós tínhamos voltado) perguntando se eu não ia na reunião? Eita PS, peguei o CEFE, coloquei na bolsa e fui. 

Arrumei a sala, tudo certo, companheiras chegando, sentei no meu lugar de sempre (aquele mesmo atrás da toalha azul com uma cadeira só), abri a reunião com a oração da serenidade... um minuto de silêncio que dentro de mim foram horas, e quebrei todo o protocolo; uma voz, dentro de mim dizia não vai dar... e assim, pela primeira vez, interrompi e disse: "Não consigo coordenar hoje". Espanto total, mas olhei para uma companheira como se fosse um SOS, ela se prontificou (agradeço, apesar dela ter esquecido de ler a sétima, e mais umas micro gafes básicas... o que me ajudou a saber que posso contar mas o grupo precisa de mim tanto quanto eu preciso dele). Mudei de lado, e sentei numa cadeira que fazia tempo que não visitava. 

E lá, eu escutei, partilhei... coloquei todo o lixo para fora (e como foi bom) e me permiti chorar, desmoronar, desabar amparada por essa rede de apóio que nos une. E lá, minha tristeza, minha dor diminuiu. Mas não as incertezas, hoje, depois de conversarmos no telefone, confesso que não sei... vejo os escombros do que foi destruído mais uma vez e me questiono se quero reconstruir de novo, ou simplesmente vender o terreno. 

Eu não tenho medo de viver sem ele, alias vivi sem ele 37 anos da minha vida... 




Um comentário:

  1. te compreendo e sei que saberá qual decisão tomar e na hora certa....se ainda não é a hora certa...espera uai...bjus e tmj

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