quarta-feira, 9 de abril de 2014

Homo caiçariens


Ola meus queridos(as)

Esses últimos dias na praia foram simplesmente maravilhosos, pena que não tinha como ficar mais... por mim, esticava e esticava e esticava mais um pouco até voltar a morar na praia de vez! Lá é a minha casa, lá é meu porto seguro, lá é aonde sou EU, lá é aonde mora meus amigos queridos que mais uma vez me receberam de braços abertos com muito carinho e amor... lá meu filho está no seu habitat natural (como disse o Cesar, um amigo muito querido observando o I. correndo pelado na bica do Costão)! O I. faz parte de uma outra espécie; o homo caiçariens, essa espécie vive plenamente em harmonia com a natureza, de preferência em regiões litorâneas nas quais predominam manguezais e matas tropicais... corre pela praia como um caranguejo (mamãe olha o"gaguejo"), nada como um peixe (mamãe "cadê o sharka"?), e exausto descansa feliz e em paz quando o sol se põe acolhido pelo carinho de todos que acompanharam minha gravidez, o viram nascer, ajudaram nos momentos difíceis e já amavam meu filho muito antes que eu! Essas pessoas incríveis e simples que cruzaram minha vida, hoje, são a família adotada do I., uma comunidade de caiçaras maravilhosos,  perdidos no meio do Ruínas (alguns se desgarraram e mudaram para o Veneza) que sempre, por mais que o tempo passe, estam muito presentes na vidinha dele (e na minha)! Apenas sinto uma enorme gratidão em sentir esse amor por tudo e todos, que nos une e nutre para o resto de nossas vidas...

E eu? Fui abraçada e abracei, fui acolhida e acolhi, fui escutada e escutei... chorei, sorri, vivi. Foram dias de paz, recarreguei minhas baterias, me permiti simplesmente ser feliz naquele momento, saimos a noite sem as crianças (olha o milagre) para tomar umas cervejas e nos divertir, acordei tarde, deixei a preguiça da praia me contaminar, as ondas quebrando na praia, o horizonte infindável do mar, a beleza daquele restinho de mata atlântica.

Claro que não é fácil "ver" o Caiçara em cada por do sol, em cada cantinho daquele paraíso, muito menos responder o porquê ele não veio conosco, mas sofrer eu não sofro mais. E subo a serra, mais uma vez, com a certeza que deixo um pedaço meu, talvez o meu melhor pedaço lá e trago comigo um pedacinho de cada um deles, de cada momento!


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