quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Episódio 2


Ola meus queridos(as)

O segundo episódio, mais do que desagradável, foi algo que inconscientemente, esperava acontecer... mas distante de mim, até conversei com o Caiçara a esse respeito, se ele quisesse "visitar" a irmã, tudo bem, mas que fosse sozinho (sem minha presença física muito menos do I., que não frequenta manicómio), e que ele estivesse preparado para o que der e vier (pois a mulher é louca mesmo), receber um abraço ou um tapa na cara tinham as mesmas probabilidades. E deixei bem claro que não quero mais ter a mínima relação com essa dinâmica toda, sem "sobrar" nenhum respingo desse dilúvio em mim (menos ainda no meu pequeno)! Ele optou por não ir... por mais que eu sentisse que ele queria re-visitar a casa que um dia foi da mãe, dele, as lembranças e até, uma certa curiosidade de saber como andam as coisas no manicómio. Mas decidiu não ir... ok. 

Mas o PS, as vezes joga as coisas na nossa cara mesmo! Algum curto tempo depois do episódio 1, quem surge na calçada? A bruxa evangélica, com a mão na cintura, gritando aos quatro ventos: Caiçara!!!!!!!!!!!!! Você não estava internado???????!!!!!!!!!!!!! Metade da cidade parou para escutar a gralha.... Momento dona barriga, o que fazer? Ele tomou a decisão, levantou da mesa, foi cumprimentá-la e rapidamente disse, dois minutos e arrastou ela uma meia dúzia de metros e foram conversar (ele ainda perde seu tempo). Eu? Não teve ação nenhuma desta vez...simplesmente minha vontade era de levantar da mesa e falar o quanto eu simplesmente abomino sua existência, o quanto tóxica ela é, o quanto ela faria um gigante favor em simplesmente sumir da face da terra... Serenidade zero, mas não levantei da mesa, eles conversaram um tempinho e para mim DEU! Levantei, acenei e disse estou indo embora! Simplesmente a presença dela ali causou um turbilhão de sentimentos não muito bons, e queria sair correndo... sufocada (hoje, com a clareza, por mim mesma e meus sentimentos que ainda carrego, eu me permiti ser sufocada por mim mesma!). Três segundos depois, ele voltou para mesa e ela foi embora... Mas ficou o clima, ficou o peso, ficou as mágoas, ficou algumas feridas já cicatrizadas que abriram. Ficou minha compreensão do quanto ainda sou gente e, neste requisito bruxa evangélica, não tem oração da serenidade, não tem passos, não tem nada que segure... eu simplesmente quero que ela fique o mais longe de mim possível. Acabamos discutindo, por causa da bruxa evangélica... entendo que é sua irmã, mas ninguém escolhe a irmã que tem né? Mas escolhe se relacionar ou não. 

Com o passar do dia fui voltando ao meu centro, mas fiquei pasma comigo e minha reação. No fundo, existem algumas coisas que estando em recuperação ou não talvez, nunca mudem... e essa é uma delas. Se amanhã ela sumir da face da terra não faria a mínima diferença para mim. Então, Jesus, sinto muito mas sou cheia de defeitos, e não consigo amar todos como a mim mesma. 

Deveria sentir compaixão, afinal de contas é uma coitada, sem instrução, fudida e mau paga que nunca vai evoluir... mas não cheguei lá. E opto por não conviver com isso, alias fiz essa escolha a muito tempo, quem não percebeu isso ainda é ela (que estava cogitando ligar para a minha mãe quando não teve notícias do Caiçara). Só digo uma coisa, se essa bruxa se meter com a minha família de novo, não pensarei duas vezes (vou fazer um curso de como ser barraqueira e socar alguém) e desço a serra no mesmo minuto! 

Qual a dificuldade em entender isso? O quanto mais explícito terei que deixar? Me esquece sua bruxa... e não, não tem passos, não tem programação, só desaparece! E que 2014 seja o ano que você tenha esse despertar espiritual...senão vai se fuder!!! 


2 comentários:

  1. vivo algo parecido com a familia do Du..kkk só que nesses anos de convivência venho conseguindo sentir compaixão..kkk mais não é fácil...esse final de ano mesmo...só jezuizi na causa...as orações tem funcionado..kkk

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  2. Pois é mulher, quem sabe com o tempo consigo sentir essa compaixão; mas no fundo, mesmo que um dia eu chegue lá continuarei optando pelo contato "zero". Serenidade em dobro! Mega beijos

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