quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

É a única forma que eu sei amar


Ola meus queridos(as)

Atropelou tudo e não consegui sentar e escrever esses dias (não por falta de vontade)! Então vamos dissecando por partes... no começo da semana estive no press release que a UNIAD fez divulgando os dados da tão esperada pesquisa com os familiares de dependentes químicos. São números, no mínimos a se pensar, porém, aqui vou eu e meu lado pesquisadora, totalmente bias... começando pelo grupo amostral. Não vou entrar no mérito, pelo menos temos números, e a partir dai algumas políticas de prevenção possam ser elaboradas...porém, simplesmente achei um absurdo como as famílias foram vitimizadas! Quem assistiu minhas entrevistas na mídia percebeu minha indignação, não adianta fazer ninguém de coitadinho, nem o dependente químico nem a família (pois é, agora até isso meus queridos... confesso que tremi nas bases, mas se for colocar a cara para bater que seja por uma boa causa)! Alias se essas 3 mil e não sei quantas famílias que fizeram parte da amostragem fossem famílias que frequentassem grupos de apoio aos familiares de dependentes químicos, como o Nar-Anon, os números seriam muito diferentes!  

Mas independente, tive a oportunidade de conversar com algumas pessoas e é sempre um prazer estar com o Ale. Só ele mesmo para me convencer a almoçar num restaurante vegetariano, tendo uma churrascaria do lado cheirando a picanha...  O cara esta em recuperação a 20 e cacetadas anos mas manipula como ninguém (eu sou carnívora ao extremo, culpa do tempo que morei no Rio Grande do Sul)! Cada vez me envolvo mais com a ONG, e vamos ver como esse casamento vai funcionar... 

Na terça também recebo a notícia que o Caiçara estava sendo transferido para a moradia assistida de VEZ (eu sabia de ante mão que eles deixariam ele passar meu aniversário comigo, mas ele veio para ficar...). O sítio já cumpriu sua função. Eu já previa tal possibilidade depois de conversar com a Dani esses dias e até, me despedindo do sítio na última visita. E eu? Mais uma vez nada... fico feliz em saber que ele estará voltando a sociedade, que poderemos almoçar, nos ver quando quisermos MAS sem paranóia. Entendo a ansiedade de algumas de nós quando os entes queridos estam prestes a saírem da internação, confesso que desta vez, ansiedade zero, expectativa zero... pois o plano de prevenção a recaída, e sua rede de apóio esta sendo montada de uma forma muito eficaz; cabe a ele abraçar essa rede (que até então, ele nunca teve). A viagem começa agora, aqui fora! E como respondi a uma jornalista, depois de um cenário tão devastador colocado pela pesquisa, se havia luz no fim do tunel, pois as famílias (segundo a pesquisa) esperam pelo pior; eu apenas disse: Eu acredito PIAMENTE na recuperação de qualquer ser humano! 

E ontem, depois de um jantar escolhido a dedo num restaurante maravilhoso, entre trilhões de travesseiros e lençois de algodão egípcio (dou o nome do motel para quem se interessar....) ele olhou dentro de mim, e perguntou; Como você pode me amar tanto assim? Eu simplesmente respondi: É a única forma que eu sei amar... e as lágrimas escorreram no seu rosto. E esse foi o melhor presente de aniversário que eu já ganhei!

2 comentários:

  1. parabpens nega felicidades, depois passa o link da entrevista..bjus

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  2. Hummmm comemorou seu niver em gde estilo, não poderia ser melhor! não é mesmo? Torço muito pela recuperação do seu caiçara, torço muito por vc! Não vi a entrevista, mas quero ver pela net, onde procuro??? beijinhos

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