quinta-feira, 23 de abril de 2015

Maré


Ola meus queridos(as)

Cheguei em mais uma encruzilhada, e aqui estou eu olhando para trás, olhando para frente... E aos poucos tomo lentamente a decisão de continuar sozinha nesta caminhada. Mais uma vez as velhas escolhas. Nestes últimos dias confesso que não estou bem, fiquei no meu canto, absorvendo, digerindo, regurgitando... aturando sua presença (é bem essa a palavra). Hoje, ele resolveu arrumar uma desculpa qualquer para encher o meu saco, jogando na minha cara a falta de coragem de "admitir" algo que eu nunca fiz (antes tivesse feito)... maluquices de adictos, insegurança, e um bom dinheiro que ele recebeu da rescisão do contrato (óbvio que ele foi demitido). Será que 2.500 reais serão o suficiente para ele ter uma overdose desta vez?!!! Sei lá. O que eu sei é que tenho meus limites, e alguns deles eu ultrapassei e não gostei de ter feito isso pois me fez mal. Alias estou chegando a conclusão que ELE esta me fazendo mal novamente. 

Trilhões de coisas na minha cabeça, concretas que precisam ser "resolvidas", e a pessoa que deveria ser meu porto seguro, meu alicerce é apenas uma das "trilhões" de coisas na minha cabeça (o que complica). Não procuro perfeição, longe disso, mas compreensão.... mais uma vez tive que gritar dentro de mim: SOU GENTE! Chega. E lá foi ele (provavelmente para alguma biqueira, ou não, mas enfim, foi). E o ar ficou mais leve, o I. dormiu melhor e eu resolvi olhar em volta de mim e mudar algumas coisas que estavam me incomodando, como a sua presença constante. 

Parece que fui afogada novamente pela maré cheia, e agora que a maré baixou e consegui sobreviver de novo,  dou mais valor a liberdade de respirar, de ser e foda-se! Odeio me sentir sufocada, e ele esta(va) me sufocando...  E opto por buscar a superfície, o sol, o mar do qual sinto tanta falta! As ondas quebrando na praia, a maresia inebriante, a areia nos pés, os abraços sinceros... paz! E assim busco refúgio no único lugar aonde tudo faz sentido! E por lá devo passar uns bons dias.

Não estou fugindo, nem tenho porque, mas voltando (nem que seja temporariamente) para o meu lugar e se o Caiçara for engolido pela selva de pedra, que seja! 



4 comentários:

  1. Engraçado...nós sempre chegamos nesse ponto da encruzilhada....sempre escolhemos seguir em frente...e no fim eles sempre ressurgem das cinzas...rs...as vezes me coloco a pensar até quando??..Até quando eles conseguirão nos alcançar?...Por aqui depois da decisão dele, da ibogaina e ayahuasca...rs..a maré ta calma há uns 5 meses....fazia tempo que as coisas não ficavam assim...na verdade acho que nunca estiveram tanto tempo assim...eu to aqui torcendo por ti...por ele...que a paz e o amor naveguem nesse mar...bjus

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  2. Oi mulher, sempre as encruzilhadas nos encontrando, nos questionando, nos impulsionando a agir (não apenas reagir). Ontem conversei por horas no telefone com alguém muito querido que me lembrou quem eu sou, parece que as vezes eu esqueço...a força que temos! Mega beijos e aproveite a calmaria (que ela prospere)!

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  3. Bem assim mesmo!! Quando meu marido está na ativa prefiro ele bem longe, me sinto tão sufocada e humilhada que o não consigo nem me olhar no espelho de tanta raiva que fico de mim. ..força!!!! Vc tem o seu filhote, se concentre em você e nele até essa maré passar. Rsrsrs

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    1. Obrigada pelo carinho, não sei sua estória mas, tirando as peculiaridades, são todas as mesmas não? O importante é como escreve-las diferente! Mas não alimente a raiva, porque senão ela cresce! Mega beijos.

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