sexta-feira, 24 de abril de 2015

Psicóloga


Ola meus queridos(as)

Outra sexta feira como essa, socorro! Ainda bem que existe um anjo da guarda ao meu lado, e não é nada figurativo mas a super babá/pau para toda obra (que veio trabalhar hoje no seu dia de folga e só foi embora depois que o I. estava dormindo na cama). 

Depois de inúmeras conversas com a escola, e o comportamento do I. aqui em casa totalmente ter mudado (para pior) ultimamente decidi procurar uma psicóloga infantil. A mais ou menos um mês começamos as sessões e hoje, provavelmente, foi revelador o fato que meu pequeno de três anos de idade REALMENTE precisa de um acompanhamento; que suas habilidades "sociais" digamos assim são deficientes frente as outras crianças, apesar da sua inteligência acentuada para sua idade. Resumindo, vamos embarcar nesse processo na tentativa de acessar o "mundinho" do I.  e integrá-lo ao resto do mundo. Desmoronei... me senti um fracasso como mãe, alias resolvemos fazer um pacotão terapêutico, mãe e filho (semana que vêm sou eu).  Honestamente, aqui dentro, senti um gigante alívio pois ultimamente não sei o que fazer, estou sempre me questionando se estou fazendo o melhor para o I., se estou o educando da melhor forma, se estou sendo rígida demais, se estou sendo flexível demais... Enfim, saber que agora tenho uma profissional comigo, ao meu lado tirou um peso enorme das minhas costas; não a minha responsabilidade, afinal de contas o filho é meu, mas saber que agora além de mim, existe outra pessoa neste time com a qual eu posso contar para me ajudar nesse difícil (mas gratificante) caminho chamado "educar um filho"! Ser mãe, alias conversando um pouco na sessão, falei brincando: mãe não tem nome; mas é um pouco verdade, o I. nunca me chamou pelo meu nome (provavelmente ele nem sabe que eu tenho um nome além de "mãe").  A psicóloga simplesmente disse: precisamos resgatar esse nome.

Nestas últimas duas semanas o I. esta muito inquieto, birrento, agressivo (mordeu a babá hoje, tentou me morder, teve um chilique na rua daqueles homéricos, bateu a cabeça no chão porque estava frustrado, não quer comer, simplesmente não consegui lidar com o "não pode", etc...); não posso deixar de fazer uma associação entre esse comportamento e o "momento" do Caiçara (e o meu por extensão, pois por mais que eu esconda minha tristeza, o I. é uma criança muito sensível; hoje por exemplo, quando a babá foi pegá-lo na escola ele falou, a mamãe esta triste; isso porque o I. nunca me viu chorar). Resumindo, por mais que o I. não vivência isso, ele acaba sendo afetado indiretamente e ISSO não é justo!!! As vezes fico puta comigo, poderia ter escolhido um pai melhor né? Não estou colocando tudo na conta do adicto, mas que gera um desequilíbrio é fato; e chegou o momento de priorizar; e a prioridade é e sempre será o I. e seu bem estar. E se isso implica em excluir a presença do Caiçara das nossas vidas, que seja. 

Alguns resquícios "pre-conceituosos", ou vergonha mesmo ainda me impedem de abrir o jogo com a psicóloga sobre a realidade do pai do meu filho ser um dependente químico. Sei que essa informação será relevante para ela neste processo mas, simplesmente, ainda não consegui. Mas eu chego lá!

P.S: Como previsto pelo oráculo, o Caiçara esta sumido. 


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