domingo, 26 de abril de 2015

Cheguei, finalmente cheguei "lá"!


Ola meus queridos(as)

Gostaria de agradecer um comentário feito por uma companheira (espero poder chamá-la assim); pois parei e refleti... é só uma fase, passa, força! Pode até ser mais cheguei lá, se for mais uma fase ou não, se ele for entrar em recuperação ou não, se ele resolver colocar a vida dele no lugar ou não... eu cheguei lá! Sabe aquele "lá"?!!!! É um "lá" que quase cheguei outras vezes mas nunca alcancei, quando eu estava chegando quase lá algo me segurava, me impedia, de simplesmente chegar "lá". Porque eu permitia, ou eu não me permitia.... Engraçado como a vida é quando deixamos ela seguir seu curso! Almejar, sonhar, correr atrás e de repente, chegar "lá". 

Cheguei (ou acho que cheguei) neste lugar, sem amarras, sem peso, sem culpa, totalmente desprendida dele... a última vez que me senti assim foi quando me divorciei do meu primeiro casamento (que alias foi maravilhoso, 15 anos muito bem guardados na caixinha das boas memórias). Simplesmente cheguei "lá" e descobri que tudo bem, era o momento de deixá-lo ir, eu me permitir ir, por mais inseguro que fosse esse caminho. Foi doído, passei pelo velório da separação e pela certeza que tomei a decisão certa... Acho que começarei outro velório.

Não guardo nada, nem mágoa, nem raiva, nem ressentimento... acho que chegar "lá" é bem isso, você simplesmente não carrega mais nada, e quando todos esses sentimentos somem, você procura o que ficou e, que surpresa, não sobrou nada porque o amor já se foi faz tempo, mas ficou mascarado por todos esses outros. Meu amor (como homem e mulher) pelo Caiçara foi morrendo ao longo dos anos, a cada quebra de confiança, a cada noite sozinha, a cada aniversário do I., a cada Natal, a cada dia que ele simplesmente não estava... e assim tudo morre, se não é alimentado, cultivado, cuidado. 

Estou cavando aqui, bem no fundo, e não acho mais o amor que tinha por ele; posso ter carinho, compaixão, amizade, e tesão MAS amor, não estou achando. Aquele amor cheio de cumplicidade, de apóio, de compreensão, de comprometimento... cadê? Não estou achando. O amor que constrói, o amor que conforta, o amor que une, o amor que não se explica... cadê?

Na verdade faz um bom tempo que venho me questionando sobre o que realmente eu sinto por ele, depois de anos alguns a gente se acomoda, mistura tudo, e o liqüidificador só complica decodificar o que é, e o que não é. O fato dele ser um dependente químico pode ter acelerado o processo, talvez, ou simplesmente eu não o ame mais, independente da sua doença (meu primeiro marido não era um DQ e um dia, simplesmente o amor acabou). Ou seja, o amor pode acabar independente!

É tão mais fácil dizer eu te amo, do que "eu não te amo mais"....



3 comentários:

  1. ois...olha arrepiei com essa frase...É tão mais fácil dizer eu te amo, do que "eu não te amo mais"......concordo....rs...nega não tenho muito o que falar...vc aprendeu a caminhar nessa estrada cheia de encruzilhadas, curvas, subidas e descidas...sem quase retas...rs..apenas queria lhe deixar um enorme abraço e lhe dizer que você não está sozinha...tmj :)..bju

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  2. Eu também me arrepiei... Quando eu disse que não sabia se era feliz (com ele) eu disse que não sabia a resposta.... Mas a verdade é que já faz tempo que sei a resposta... realmente é tão difícil dizer "eu não te amo mais". Aquele amor de homem e mulher não existe mais...
    Seja qual for sua decisão, tmj bjs e um dia eu também chego lá rsrsrs

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  3. Nossa, me identifico também. Caramba... Também sinto que cheguei lá! É bem isso que você descreveu... fim.. game over... e vida que segue! Uhu! rsrs

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