sábado, 13 de setembro de 2014

Sufocar


Ola meus queridos(as)

Estou de molho por uns dias, muita dificuldade em andar com esse dedo estourado, tentei ir comprar pão na padaria hoje de manhã e acabei voltando para trás (isso porque a padaria é aqui do lado), dirigir nem pensar (só em caso de vida ou morte mesmo). Minha mãe veio fazer uma visitinha de médico, ainda bem que foi rápido mesmo; o I. estava entretido brincando com o filho da babá (legal que ela trouxe ele e os dois se divertiram na piscina) nem deu muita bola para ela (sei que ela ficou um pouco chateada, mas ELA escolheu e assim a vovó ocupa cada vez menos espaço na vidinha do I. até que um dia ela será apenas uma figura distante), mas o pouco tempo que ela esteve aqui foi o suficiente para mais críticas. Agora o meu dedão estrupiado virou a bola da vez... mas como você consegue fazer isso? O I. estava com você? Ele viu tudo, meu Deus! Você estava bêbada? Olha, não aguentei, fui grossa, claro mãe, estava caindo de bêbada as 8 horas da manhã levando seu neto para escolinha, não melhor, passei a noite em claro cheirando cocaína e dando a bunda na esquina por isso estrupiei meu dedão no portão do prédio, Deus esta me punindo e por favor, vai tomar no cú. Complicado mandar a própria mãe tomar no cú né? Tá, estou errada, mas o mundo inteiro pode simplesmente topar o dedo do nada menos eu, eu não, eu "deveria" estar fazendo algo errado (a cabeça maluca da minha mãe). Bom, dentro dessa sua lógica se eu escorregar no banheiro e quebrar a perna é porque eu fumei crack uma semana e assaltei um banco! Eita....

Fiz o que sei fazer, liguei para o meu pai chatiadíssima depois que ela foi embora. Mas uma vez ele me lembrou que minha mãe não é mais a MINHA mãe, que o processo de degeneração e demência senil esta avançando, que tenho que lidar com ela como eu lidaria com uma pessoa doente, e blababla... Eu sei, mas esta difícil de aceitar essa realidade, e quanto menos eu conviver com ela melhor para mim neste momento de não aceitação pois ainda olho para minha mãe como a MINHA mãe, não uma idosa com demência senil beirando um Alzheimer. E como disse meu sábio pai, se prepare pois só vai piorar... Mais um Eita.....

O Caiçara está bem, mas já percebi que esse negócio dele estar trabalhando a 20 minutos da minha casa esta complicando um pouco, ele simplesmente passa por aqui todo santo dia (e fica); alias o porteiro nem interfona mais, ele apenas sobe e bate na porta! Claro que eu gosto da sua companhia, mas nem sempre né? Além de que esse é o meu espaço, uns dias atrás aconteceu bem isso, depois do jantar falei: Olha, você não vai para sua casa? Ele: Você esta me mandando embora? Eu: Estou, esta ficando tarde, boa noite. Lá foi ele com aquele bico do tamanho do mundo, no dia seguinte cedo, eu arrumando o I. para escolinha e pronta para ir trabalhar, toca a campainha... é ele; só passei para dar um oi. Eita.... porque é tão difícil respeitar o espaço do outro? Não me sufoca. 









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