quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Fazer diferente


Ola meus queridos(as)

Aos poucos nosso novo apartamento ovo vai ficando com cara de lar, claro que se você procurar bem ainda vai achar uma caixa perdida em algum lugar escondido que provavelmente ficará esquecida até alguém precisar de algo guardado lá dentro. Tudo mais ou menos no lugar... fiquei refletindo sobre isso, será que tudo tem o seu lugar certo? Claro que não coloquei o microondas no banheiro, mas eu, pelo menos não sou a pessoa mais organizada da face da terra, alias confesso, sou BEM desorganizada e flexível ao contrário de outros que simplesmente não conseguem lidar com nada fora do lugar. Andei pensando que essa necessidade de lidar com uma organização exterior meticulosa e exemplar possa refletir um caos interior... No meu caso, a desorganização exterior é uma extensão do meu pseudo caos interior, e tudo bem! 

Nem sempre consigo lidar de forma serena com meus sentimentos, nem sempre consigo estar em equilíbrio, nem sempre consigo usar a lógica e a razão...e tudo bem! No fundo o truque é você se aceitar, mas a aceitação só vem com conhecimento. Falamos muito que a maior viagem que se possa fazer é para dentro de você mesmo em busca do auto conhecimento mas aonde comprar essa passagem? De qual aeroporto sai esse vôo? Quanto custa? Quanto tempo vai demorar? Olha, só tenho resposta para duas destas 4 perguntas, não custa nada pois é de graça e demora uma vida inteira (ou várias).

No final do ano termino a pós graduação em projetos sustentáveis e mercado de carbono, algumas propostas inesperadas aparecendo... mais mudanças a vista, será? Como diz o meu pai, pagando bem que mau tem. Pois é, entendo, não julgo MAS acho que faço parte de uma geração na qual cultivávamos o idealismo e trabalhar para uma gigante multi nacional seria o mesmo que "se vender ao sistema". Hoje busco algo intermediário, nem tão ONG nem tão Exxon, entendem? Nem eu (ainda)! No fundo continuo regando meu sonho de abrir minha própria consultoria um dia. 

O Caiçara, mais uma vez, levantou e voltou a caminhar. Passou alguns vários dias deprimido, puto com ele mesmo, decepcionado, sem ver a luz no fim do túnel mas acabou o velório e lá foi ele a luta novamente. Durante esse período pratiquei intensamente meu desligamento com amor, deixei o PS agir e assim ele enterrou o defunto sozinho. Conversamos sobre a possibilidade de uma nova internação, pense a respeito. Ele pensou, não, preciso lidar com a realidade e apreender a ficar limpo nas ruas, na clínica é fácil. Bom, respeitei sua decisão talvez porque já foram duas internações, ele sabe o que tem que fazer e entrar naquele ciclo, interna, sai, recai, interna, sai, recai... não esta funcionando, então vamos fazer diferente desta vez! Pode dar certo ou não. Mas continuar fazendo as mesmas coisas esperando resultados diferentes é insanidade.



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