domingo, 23 de fevereiro de 2014

A dificuldade de dizer não


Ola meus queridos(as)

Quantas vezes dizemos sim, querendo dizer não e nos machucamos... quantas vezes fizemos o que não realmente queríamos fazer, e nos machucamos.... quantas vezes "passamos" um pano dizendo sim indo contra nós mesmas. Lentamente, vamos apreendendo a dizer não (mas puxa, se eu falar não o outro talvez se sinta rejeitado, talvez não entenda, talvez deixe de me amar... maluquices de codependente). Mas você começa  a exercitar o poder do não, dizer não é deixar claro aonde esta os seus limites, respeitá-los... ultrapassou, NÃO! Mas eu estou pedindo ajuda... tá bom querido, neste momento não posso ajudar senão vou me prejudicar. Muito difícil chegar ai... mas fundamental para que todos continuem crescendo. O Caiçara, e grande parte dos dependentes químicos são experts em inverter a situação, e quando você coloca seus limites e fala um NÃO, ele joga de volta para você e, como uma boa codependente, lá vem a culpa e o ciclo se retroalimenta. Só por hoje, disse não e não sinto culpa nenhuma, por mais que ele tenha feito de tudo e mais um pouco me manipulando para que eu me sentisse mal... e conseguisse o que queria. Só por hoje, NÃO! 

É uma teia queridos, que vamos nos emaranhando, sem perceber; e depois nem mais você sabe aonde esta perdida nesta novelo de lã caótico. As pessoas jogam, sempre, independente de serem dependentes químicos/codependentes ou não, mas é um jogo um pouco mais "fair play", mais aberto, com regras, começo meio e fim...entre nós, esse jogo tem regras obscuras e vale tudo para conseguir o que você quer... Outro dia uma companheira partilhou que até desmaio inventou, dizendo que estava passando mal para o adicto atender o telefone. 

Comigo, ele vai direto na raiz, um dos meus pontos francos, chantagem pura e simples (pois ele sabe que irá atingir meu emocional, meu lado mãe, meu lado que "quer resolver tudo", meu lado que "quer cuidar", meu lado que "não quer deixar ninguém sofrer"). E quando digo não, ou seja, ele que resolva, ele que cuide dele, ele que sofra as consequências... ele joga de volta para mim, e por mais que os passos gritem aqui dentro, ainda deixou uma micro brecha, e me abalo. 

Apenas um exemplo, lá estou eu depois de uma desastrosa tarde de domingo juntos, deixando ele no metro, pergunto você tem $ no bilhete único (já começa por ai né? Porque eu tenho que me preocupar se ele tem dinheiro para pegar o metro? Problema dele...). Ele, não sei, deve ter sobrava um passagem não sei, ai a codependência grita aqui, ofereço o meu bilhete único (chulapa madrinha!), ele não...foda-se vou andando se for o caso (da Vila Madalena até o Cambuci). Tá bom tchau.... 





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