quinta-feira, 7 de maio de 2015

Crianças


Ola meus queridos(as)

Como mencionei o I. esta fazendo um trabalho com a psicóloga infantil, e como eu sou chata e não entendo nada de psicologia (gente é muito mais complicado e caótico que física quântica), resolvi estudar um pouco, ler um pouco, pesquisar um pouco na tentativa de ajudá-lo e entender sua cabecinha (prepotência minha né? mas eu tento). 

Encontrei um monte de baboseiras, alias como venho de um background muito "exatas" e psicologia não é ciência (me desculpem mas nem entre eles há consenso, perdi as contas de quantas teorias de desenvolvimento infantil eles consideram; Piaget, Wallon, Erikson, Freud, Lorenz, Skinner, Gesell... esses são apenas os que eu lembro agora). Porém, extraí algumas informações relevantes e fiquei minhocando um pouco.

Primeiro, meio óbvio, criança é criança! Tem criança por ai com uma agenda de atividades semanais mais cheia que a minha... é da escola, para o inglês, para a natação, para a aula de música, para aula de sânscrito, para aula de hatha yoga... e no meio do caminho come alguma coisa (besteira) com um iPad na mão. Isso é o reflexo da nossa ansiedade, de querer proporcionar "o melhor" para que nossas crianças cresçam da "melhor forma" possível e serem adultos bem sucedidos no futuro (afinal de contas, o mundo adulto é competitivo e só os mais qualificados e fortes sobrevivem). Gente, para tudo! Nosso mundo acelerou, e nós aceleramos nossas crianças juntos... Cadê aquele tempo ocioso, sem fazer nada, brincar de voar ou ler um livrinho! Cadê aquele domingo de manhã que simplesmente caminhamos até a padaria, compramos pão, tomamos café e desfrutamos da companhia das nossas crianças sem se preocupar com nada, sem programar nada, sem ter que encher o dia de "atividades"? É estímulo demais, cobrança demais, responsabilidade demais para uma criança. Então, minha primeira "resolução", desacelerar... respeitar o tempo do I.  e deixar que ele se desenvolva no seu ritmo sem impor. 

Segundo, não tão óbvio, a criança é um ser completo, um indivíduo (claro que esta em desenvolvimento, como todos nós não?), e deve ser respeitada e vista como um todo. Temos a tendência de banalizar seus sentimentos, justificando que é uma "fase", ele vai crescer e blablabla... Bom, que eles vão crescer é fato MAS isso não anula o que a criança esta vivendo naquele momento, suas frustrações, suas alegrias... enfim, seus sentimentos. Ou seja, a importância de respeitar o que a criança esta sentindo; as vezes é difícil, pois nem a criança consegue expressar o que esta sentindo, é um momento de aquisição... O I., por exemplo, acaba se expressando de outras formas quando esta chateado ou frustrado, mas não adianta eu perguntar: você está chateado, pois esse "conceito", essa identificação de sentimentos ainda é muito rudimentar para ele. Então, minha segunda "resolução", respeitar e valorizar seus sentimentos.

3 comentários:

  1. Sim...diversas teorias e eu estudando pedagogia olho pra tudo e penso e??

    Sei lá..muito blablabla...pra se tornar alguém feliz...pra se enquadrar no que o mundo espera de você...e o que você quer não conta?..Uai se a felicidade vem de dentro??..Haaa eu ando estudando as esquisitices da mecânica quântica...claro que pra um lado mais "espiritual"...e saber que a onda contém informação...e nosso pensamento são ondas...to assistindo o filme matrix com outros olhos...hahaha...muito legal...pior que texto em mim várias coisas e não é que funciona...rs

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  2. Oi mulher, não descarte a psicologia; algum fundamento tem... e olha que curioso, não sei exatamente o que se passa em algumas sessões (pois o I. entra sozinho) mas algo esta mudando, além de que ele adora ir na Tia D. (a psicóloga). Ou seja, algo a mais do que eu ela sabe e deve ser apreciado. E ser feliz? Se enquadrar no mundo? Ai querida, estamos migrando para uma área ainda mais "não" científica, e viva a filosofia! Beijos

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  3. Claro que não descarto totalmente a filosofia...mas tb não bitolo...aquela coisa que se a criança escreve CAZA e não CASA e for corrigida traumatiza segundo Piaget...na minha humilde filosofia não é beeeemmm assim...rs...e há muittoos que dizem o contrário..hehe

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