domingo, 24 de agosto de 2014

Responsabilidade e Humildade


Ola meus queridos(as)

Domingo de sol, preguiçoso... meu pequeno na sua sonequinha da tarde, eu pesquisando preços de pacotes de viagem (esta na hora do I. conhecer uma praia com P maiúsculo, Fernando de Noronha ou Maragogi são fortes candidatas). Olho pela janela e por alguns segundos me pergunto aonde estará o Caiçara, em que noite ele se encontra neste dia tão ensolarado. Que escuridão ele vive nesta tarde tão iluminada, que barulho ele escuta neste silencioso domingo... jamais saberei, não vivo a vida dele, não faço as escolhas que ele fez/faz, não sinto o que ele sente MAS consigo imaginar o pesadelo no qual ele se encontra e sentir compaixão. Uma das coisas, entre várias que apreendi ao longo destes anos convivendo com um dependente químico é que eles sofrem e muito também. Ele não usa drogas para me ferir ou machucar propositadamente; absolutamente nada haver comigo ou qualquer outra pessoa; não é uma afronta pessoal à mim ou qualquer outro; ele é doente e sua doença saiu de controle. E porque saiu de controle? Porque ele não estava tratando dela, simples assim.

Conhecendo o Caiçara como "acho" que conheço, mais uma vez ele subestimou sua doença, acreditou que estava no controle, que uma só não iria fazer mal; enfim o mesmo blablabla de sempre; auto-sabotagem clássica. Honestamente, os porquês não me interessam mais. O que realmente interessa sou eu frente a tudo isso, pois mais cedo ou mais tarde ele vai acabar dando sinal de vida (se estiver vivo né?), com o mesmo discurso, cheio de arrependimento, aquela ressaca física e moral pós dias na ativa... Olha, esta ficando tão monótono tudo isso que chega a dar tédio. 

Duas palavras: Responsabilidade, essa é a primeira palavra. O Caiçara precisa se responsabilizar pela sua vida, conversando com o rapaz/genro que casou com a bruxa evangélica no telefone ficou claro o que eu já suspeitava. Ele não se responsabiliza por nada, vai lá faz e foda-se; durante anos as consequências dos seus atos foram absorvidas pelo escudo mãe (essa já foi, morreu passando um pano para o filho), depois a irmã bruxa evangélica (que hoje chutou o balde) e por último eu. Já caminhei milhas e milhas MAS preciso me monitorar para não pegá-lo no colo quando a merda bate no ventilador.  A segunda palavra é Humildade, com ela vêm a rendição, a aceitação e finalmente, o primeiro passo para a recuperação. 

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