Ola meus queridos(as)
Domingo de sol, preguiçoso... meu pequeno na sua sonequinha da tarde, eu pesquisando preços de pacotes de viagem (esta na hora do I. conhecer uma praia com P maiúsculo, Fernando de Noronha ou Maragogi são fortes candidatas). Olho pela janela e por alguns segundos me pergunto aonde estará o Caiçara, em que noite ele se encontra neste dia tão ensolarado. Que escuridão ele vive nesta tarde tão iluminada, que barulho ele escuta neste silencioso domingo... jamais saberei, não vivo a vida dele, não faço as escolhas que ele fez/faz, não sinto o que ele sente MAS consigo imaginar o pesadelo no qual ele se encontra e sentir compaixão. Uma das coisas, entre várias que apreendi ao longo destes anos convivendo com um dependente químico é que eles sofrem e muito também. Ele não usa drogas para me ferir ou machucar propositadamente; absolutamente nada haver comigo ou qualquer outra pessoa; não é uma afronta pessoal à mim ou qualquer outro; ele é doente e sua doença saiu de controle. E porque saiu de controle? Porque ele não estava tratando dela, simples assim.
Conhecendo o Caiçara como "acho" que conheço, mais uma vez ele subestimou sua doença, acreditou que estava no controle, que uma só não iria fazer mal; enfim o mesmo blablabla de sempre; auto-sabotagem clássica. Honestamente, os porquês não me interessam mais. O que realmente interessa sou eu frente a tudo isso, pois mais cedo ou mais tarde ele vai acabar dando sinal de vida (se estiver vivo né?), com o mesmo discurso, cheio de arrependimento, aquela ressaca física e moral pós dias na ativa... Olha, esta ficando tão monótono tudo isso que chega a dar tédio.
Duas palavras: Responsabilidade, essa é a primeira palavra. O Caiçara precisa se responsabilizar pela sua vida, conversando com o rapaz/genro que casou com a bruxa evangélica no telefone ficou claro o que eu já suspeitava. Ele não se responsabiliza por nada, vai lá faz e foda-se; durante anos as consequências dos seus atos foram absorvidas pelo escudo mãe (essa já foi, morreu passando um pano para o filho), depois a irmã bruxa evangélica (que hoje chutou o balde) e por último eu. Já caminhei milhas e milhas MAS preciso me monitorar para não pegá-lo no colo quando a merda bate no ventilador. A segunda palavra é Humildade, com ela vêm a rendição, a aceitação e finalmente, o primeiro passo para a recuperação.
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